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VÍDEO: Médico explica pontos importantes sobre Mpox, Dengue, Febre Oropouche e Covid, no Método Científico

A edição do “Método Científico” da última quinta-feira (29) teve como entrevistado, o médico infectologista Fernando Chagas. O profissional falou sobre temas importantes relacionados à sua especialidade

Por Luiz Adriano

31/08/2024 às 17h47 • atualizado em 31/08/2024 às 18h33

A edição do “Método Científico” da última quinta-feira (29) teve como entrevistado, o médico infectologista Fernando Chagas. O profissional falou sobre temas importantes relacionados à sua especialidade.

Doenças como a Mpox, Febre Oropouche, Dengue e Covid-19, foram alguns dos assuntos tratados pelo médico, além das vacinas e tratamentos para tais enfermidades.

A MPOX por exemplo, que surge do nome Monkey, macaco em inglês, tem essa nomenclatura por motivo do vírus causador ser pertencente à mesma família dos vírus da Varíola e também por acometer macacos, tendo sido isolado primeiramente nos referidos animais, ainda na década de 50, explica o entrevistado.

O médico ressalta que mesmo esses animais também podendo ser acometidos, “é muito importante dizer que o macaco não é vetor da doença para o ser humano. A transmissão humana se dá diretamente de pessoa para pessoa por contato direto e por secreção, principalmente por transmissão via sexual”, disse.

“O vírus, no decorrer dos anos, sofreu algumas mutações e a mais recente tem como característica ser mais letal e virulenta, podendo chegar até a 10% de mortalidade. A Mpox é considerada atual como uma IST (Infecção Sexualmente Transmissível)”, detalhou.

O médico falou também que pelo fato da transmissão não ser respiratória, a doença permite uma maior capacidade de controle.

VacinasAinda não há vacina para a Mpox, relata o profissional de saúde ao explicar que o tratamento é feito por medicamentos anti-retrovirais, e que apesar de dois anos de ressurgimento no Brasil, ainda não está disponível a medicação específica para a doença. “Infelizmente sendo ainda a prevenção a melhor medida atualmente”, pontuou.

FEBRE OROPOUCHE – De acordo com o infectologista, a Febre Oropouche é mais comum na Região Norte do Brasil, inclusive bem frequente em Manaus-AM.

Quanto à origem do nome da doença, ele explica que vem da cidade de Oropouche em Trinidad e Tobago, país da América Central onde o vírus foi isolado a primeira vez.

“É um vírus tipo arbo vírus ou seja, um vírus de mata, transmitida pela picada de um mosquito vetor, semelhante à Dengue e Febre Amarela, porém menos danoso que esses a princípio”, detalhou médico.

Vírus se tornou mais danoso – Segundo Fenando Chagas, em virtude de mutações recentes, “o Oropouche se tornou mais perigoso e danoso”, ficando “mais letal e virulento” devido sua transmissão ter passado a ser por mosquitos de hábitos urbanos, como por exemplo, a muriçoca. “Portanto, ele deixa de ser um vírus de mata e passa a ser um vírus urbano, acometendo pessoas e causando até mortes como nunca antes registrado”, destacou.

Tratamento – Fernando explica que “não existe um tratamento específico para a Febre Oropouche” e que a “tendência de cura espontânea é de 08 a 10 dias”.

“É importante ressaltar que o vírus a exemplo da Zica, também foi relacionado a riscos aos bebês em gestação, portanto, é necessário que as gestantes se previnam de picadas dos mosquitos vetores”, frisou o infectologista.

Medidas de proteção contra mosquitos:

– Limpeza de terrenos e áreas baldias;
– Colocação de telas de proteção em janelas;
– Utilização de repelentes individuais, sendo o mais recomendado à base da substância icaridina, que pode ser usada tanto por gestantes quanto por idosos;
– Se resguardar principalmente durante os horários de hábito do mosquito, que geralmente se dá no final da tarde e início da manhã;
– Usar mosqueteiros.

Dr. Fernando Chagas em entrevista no Método Científico

DENGUE

Dr. Fernando Chagas tratou a Dengue como um problema recorrente, principalmente em período de chuvas. Ele explica que a mortalidade se dá mais nos extremos da idade, crianças e idosos.

Vacinação – Apesar da campanha de vacinação recente, o médico ressalta que não foi na intensidade que se esperava, mas mesmo assim houve melhora na prevenção ao surgimento de novos casos. O profissional cita mais conteúdo a respeito do imunizante na entrevista completa que está em vídeo no topo do texto.

COVID

Por último, o bate papo entre Dr. Fernando Chagas e o apresentador que também é médico, Dr. Saulo Viana, foi focado no tema Covid-19. Os profissionais conversaram sobre a questão de vacinas.

O infectologista explicou que não é qualquer vírus que é possível ser prevenido através de imunizantes, ou seja, alguns vírus por conta do seu mecanismo ou forma de ação, não se permitem produzir vacinas para sua prevenção, no caso por exemplo, do HIV, que é “praticamente impossível a preço de hoje, mesmo diante de anos de estudos”.

“Já a Covid é um vírus que se permite a produção de vacinas, o que foi muito importante para vencer a doença na época da pandemia”, disse o entrevistado.

Outros sub-temas como: atual situação da doença no Brasil, se há risco de novas pandemias, e vários outros assuntos relevantes, foram tratados durante o bate papo no Método Científico. A entrevista completa pode ser vista no vídeo que está no topo do texto.

O O programa “Método Científico” é apresentado em formato de podcast pelo médico anestesista, Dr. Saulo Viana, toda quinta-feira a partir das 16h na TV e Rede Diário do Sertão.

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