VÍDEO: “Precisamos que a sociedade mude”, diz ministra da Mulher no lançamento do ‘Brasil sem misogenia’

No último dia 25 de abril a Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) realizou uma sessão especial para o lançamento da campanha “Brasil Sem Misoginia”, desenvolvida pelo Ministério das Mulheres.

O evento contou com a presença da ministra Aparecida Gonçalves, que convidou toda sociedade política e civil da Paraíba para lutar juntos por mais segurança e igualdade para as mulheres.

“Estou aqui para convidar o Estado da Paraíba, as instituições da Paraíba, os movimentos da Paraíba e as empresas da Paraíba a marcharem junto com a gente e gritar bem alto ‘Brasil sem misogenia sempre!’, porque nós precisamos”, disse a ministra.

Segundo ela, a iniciativa surgiu a partir dos números de mortes, de violência, dos casos de estupros que crescem todos os dias no país. Para ela, a questão começará a ser resolvida quando o debate público chegar à raiz do problema, que é o ódio contra as mulheres, e defendeu ainda, que a sociedade deve enfrentar esse problema.

Ministra Aparecida Gonçalves na ALPB (Foto: Divulgação/ Ministério das Mulheres)

“Nós mulheres não vamos nos calar, não vão nos intimidar, não vão nos matar, não vão nos tirar dos espaços de poderes onde estamos e não vão proibir a gente de avançar mais do que nós avançamos e conquistamos nossos direitos”, ressaltou.

“Nós precisamos que a sociedade mude e esse é o desafio do ‘Brasil sem misogenia’. Nós precisamos chamar a sociedade para uma discussão política, da gravidade do que está acontecendo nesse país. Nós não podemos aceitar que nos digam apenas que um homem matou uma mulher sozinho, a sociedade, a omissão, a destruição, o autoritarismo, a forma como se foi pensado esse país está nos matando, nos calando e nos estuprando”, completou Aparecida Gonçalves.

Aumento nos casos de feminicídios

Os casos de violência contra mulher no Brasil vêm aumentando a cada ano. Em 2023 foram registrados 1.463 casos de feminicídios, uma alta de 1,6% em relação a 2022.

Cerca de uma mulher foi morta a cada 6 horas no Brasil. Esse é o maior número registrado desde que a lei contra feminicídio foi criada, em 2015.

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