Cássio alerta para a escalada da inflação que atinge duramente os mais pobres
Cássio destacou que mesmo sendo previsível, a prisão de José Dirceu sempre causa impacto, um aprofundamento da crise, por não ser qualquer filiado do PT.
Em entrevista à rádio CBN João Pessoa na manhã desta terça-feira (04), o senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) falou sobre a prisão de José Dirceu, o que os partidos de oposição podem fazer para o País sair da crise, revelou também como o PSDB está se preparando para as eleições municipais de 2016, e conclamou que o TRE julgue o processo que pede a cassação do atual governador do estado que distribuiu dinheiro durante a campanha por meio do programa Empreender com o mesmo rigor que ele foi cassado.
Crise econômica – O líder do PSDB no senado lamentou que, tenham feito um projeto de poder esquecendo por completo um projeto de Brasil levando o país para uma crise gravíssima e uma recessão econômica de grandes proporções. Segundo o senador, já há previsões que o PIB – Produto Interno Bruto recuará mais de 2%, e a inflação batendo a casa mais dos 10%. “Para os mais pobres essa inflação já ultrapassou os dez por cento, aumento do desemprego, diminuição do poder de compra do trabalhador, juros na estratosfera, ausência de investimentos na economia, tudo isso por uma prática na política, um ‘modus operandi’ na política que deve ser mudado. Eu acho que aí sim é o grande papel e a imensa contribuição que a oposição brasileira pode dar”, reforçou.
No aspecto da realidade da Paraíba, o senador Cássio Cunha Lima fez um comparativo e encontrou semelhanças do aspecto nacional com a prática local, e diz que em âmbito estadual o padrão da relação política, acontece também na Paraíba da mesma forma.
“As realidades são idênticas, até porque há uma aliança também na política estadual em relação à política nacional, e isso precisa ser mudado porque está custando muito caro, e o preço está ficando insuportável para a sociedade que como se não bastasse todos esses escândalos éticos de decência da crise, não recebe serviços com o mínimo de qualidade na segurança pública, veja o caos na segurança na Paraíba e situação que é também em outros estados, na educação as nossas universidades em greve, na saúde com todas as carências e a situação grave dos hospitais universitários de Campina e João Pessoa”, relatou.
Julgamentos – Ao ser perguntado sobre a decisão do Tribunal Regional Eleitoral(TRE) da Paraíba em ter unificado as ações do caso Empreender, uma do PSDB com a do Ministério Público, que pede a cassação do governador Ricardo Coutinho por usar o programa que repassa dinheiro, usando durante o período eleitoral, denotando o evidente uso da máquina pública e dos Empreender durante a campanha política para favorecimento do governador, Cássio disse que a expectativa não só dele, mas de toda a sociedade é de que haja julgamento. “O que eu peço é isso, que haja julgamento. O pior dos mundos é onde você tem a prestação jurisdicional para uns e não tem para outros”. Cássio lembrou que quando perdeu o mandato de governador em um julgamento que teve um tempo de 40 minutos. “O meu mandato de governador do estado foi cassado numa sessão durou apenas quarenta minutos, o que interrompeu o melhor momento da minha administração o melhor momento do nosso governo, quando estávamos consolidando uma série de investimentos e obras”, relembrou.
Centro de Convenções – Durante a entrevista Cássio Cunha Lima não esqueceu de parabenizar o aniversário da capital, e disse que para a alegria dele a segunda etapa do Centro de Convenções poeta Ronaldo Cunha Lima está sendo entregue no dia da cidade, neste 5 de agosto. Cássio destacou que o Centro de Convenções foi todo projetado, idealizado, licitado em seu governo, e que deixou recursos assegurados para que ele se transformasse numa realidade. “Claro que o governador tem mérito por ter feito a obra, mas tem todo um trabalho anterior que ele recebeu pronto, de um projeto maduro, bem concebido, com todo o trabalho de licitação já realizado. Sonhei muito em pode fazer essa obra, não pude fazer, mas o importante é que a cidade e o estado estarão recebendo essa obra, essa segunda etapa com o teatro de três mil lugares, um espaço extraordinário, que eu participei de várias reuniões decidindo os detalhes do projeto, vendo detalhe a detalhe desse espaço público que a Paraíba ganha a partir de agora”, declarou.
Lava Jato – Sobre a prisão do ex-ministro do ex-ministro da Casa Civil Cássio disse que “esse é um momento em que devemos apoiar as investigações, fortalecer as instituições, para que toda essa verdade seja desvendada. A prisão de José Dirceu, já era esperada em decorrência das mais recentes delações, não só pelas provas testemunhais, mas também pelas provas materiais que eles apresentaram”, afirma.
Cássio destacou que mesmo sendo previsível, a prisão de José Dirceu sempre causa impacto, um aprofundamento da crise, por não ser qualquer filiado do PT. “José Dirceu sempre foi o mais importante filiado do Partido dos Trabalhadores depois do próprio Lula. E o que chama a atenção dos investigadores, é o crime continuado”, lembrou.
Eleições municipais – Para finalizar a entrevista, Cássio disse que acredita no potencial do partido, das candidaturas e das novas filiações. Garantiu que o projeto prioritário para o PSDB em João Pessoa, assim como no maior número de municípios paraibanos, é a candidatura própria. “Nós temos um partido com vigor, com força, que sempre teve um espaço eleitoral importante e estamos trabalhando por novas filiações, vamos trazer um partido forte e, no tempo próprio, oportunamente, estaremos deliberando sobre o nome, que tanto pode ser um nome já filiado, como um nome que venha de novas filiações”, disse.
Cássio anunciou que no mais tardar na próxima semana, o partido deverá se reunir para chegar a um consenso em torno de um nome que possa disputar a prefeitura de João Pessoa. “Vamos, provavelmente, já esta semana, nos reunir com os vereadores, com aqueles que fazem a militância do partido em João Pessoa, para começar as definições, mas o projeto prioritário é a candidatura própria e buscaremos um nome de consenso”, destacou.
Assessoria
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