RETROSPECTIVA: "Tropa de Elite" impulsiona o cinema nacional em 2007
Não foi só a pirataria que se beneficiou do sucesso de “Tropa de eElite”. O cinema nacional deve ao longa-metragem de José Padilha grande parte de seu crescimento em 2007. O público dos filmes brasileiros aumentou de 10,9%, no ano anterior, para 11,3% do total de espectadores das salas. Em termos absolutos, esse número passou de […]
Não foi só a pirataria que se beneficiou do sucesso de “Tropa de eElite”. O cinema nacional deve ao longa-metragem de José Padilha grande parte de seu crescimento em 2007.
O público dos filmes brasileiros aumentou de 10,9%, no ano anterior, para 11,3% do total de espectadores das salas. Em termos absolutos, esse número passou de 9,93 milhões para cerca de 10 milhões, o que significa um crescimento de 1,5 %.
Com público de aproximadamente 2,4 milhões, “Tropa” é a única produção brasileira que aparece no ranking geral dos mais vistos do ano. “Homem-aranha 3” lidera a lista com 6,1 milhões de espectadores, seguido de “Shrek Terceiro” (4,7 milhões), “Harry Potter e a Ordem da Fênix” (4,3 milhões), “Piratas do Caribe 3 – no fim do mundo” (3,8 milhões), “Uma noite no museu” (3 milhões) e “300” (2,7 milhões). “Tropa de Elite” ocupa a sétima posição, à frente de “Os Simpsons – o filme”, “Ratatouille” e “Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado”.
Durante o ano, 82 longas-metragens nacionais chegaram aos cinemas. Entre as produções de ficção, além de “Tropa”, “A Grande Família – O Filme” e “Primo Basílio” foram os mais assistidos. Na categoria documentário, “Cartola” liderou a bilheteria, com cerca de 70 mil espectadores.
Os dados são do Filme B e do Sindicato das Empresas Distribuidoras Cinematográficas do Município do Rio de Janeiro, responsável pela centralização de informações cinematográficas do país.
Mais salas, menos gente
Já o público total dos cinemas brasileiros sofreu uma pequena queda de 2006 para 2007, passando de cerca de 90 milhões para 89 milhões. Esses números se tornam preocupantes quando comparados aos dados de expansão do mercado exibidor.
No ano que se despede, o país ganhou 140 novas salas de cinema, 35 a mais que no período anterior. São Paulo foi o Estado que teve maior número de inaugurações, com 31 novos espaços de exibição, seguido de Santa Catarina e Rio de Janeiro, com 28 e 27, respectivamente. Florianópolis, por exemplo, que tinha apenas cinco salas de cinema, passou a contar com 19.
Perspectivas para 2008
O próximo ano promete grandes lançamentos nacionais, com mais de 15 novos filmes brasileiros em cartaz já no primeiro trimestre.
A agenda de estréias nacionais será inaugurada com “Meu nome não é Johnny”, protagonizado por Selton Mello e Cleo Pires, dia 4 de janeiro. Em fevereiro, chegam aos cinemas “Sexo com amor?”, dirigido por Wolf Maya, e “Polaróides urbanas”, de Miguel Falabella.
Ainda no primeiro semestre, também chegam aos cinemas “Nome próprio”, de Murilo Salles, “Chega de saudade”, de Laís Bodansky, “Era uma vez”, de Breno Silveira, e “A guerra dos Rocha”, de Jorge Fernando.
Ainda sem data definida, mas confirmados para 2008, estão o aguardado “Cegueira”, de Fernando Meirelles, “174”, de Bruno Barreto, e “Linha de passe”, da dupla de “Central do Brasil”, Walter Salles e Daniela Thomas.
Portal G1
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