Testemunha revela verdadeiros autores de estupro e homicídio em Cajazeiras

O Serviço de Inteligência e o Pelotão de Choque do 6º Batalhão de Polícia Militar com sede em Cajazeiras, sob o comando do Tenente Segundo chegaram esta semana a novas informações sobre o assassinato da jovem Maíra dos Santos Macena (foto), de 21 anos. Ela morava no bairro São José e o corpo foi encontrado num terreno baldio por trás da AABB de Cajazeiras no dia 19 de julho deste ano.

A PM cajazeirense havia prendido após o encontro do cadáver dois suspeitos do crime, no caso o esposo de Maíra, Salvino e o serralheiro Marconeide de Almeida Lira. A equipe do Tenente Segundo nesta quarta-feira (3) apresentou duas novas testemunhas à Polícia Civil que teriam visto o casal acompanhado de Marconeide antes do assassinato.

Entretanto, terça-feira desta semana surgiu uma terceira testemunha que saiu com o casal Salvino e Maíra na data do crime e alega que foi ameaçada de morte, por isso ficou com medo de falar do homicídio, porém, resolveu relatar o fato, pois não mais suportava saber que Marconeide se encontrava preso, apesar de ser inocente.

Segundo a testemunha-chave, na noite do dia 17 de julho saíram juntos ela, Salvino, Maíra, Francisco Lopes de Moura, o popular Bico que é albergado e ex-marido de Maíra, a qual tinha uma tatuagem na perna com o nome dele, além de Josemá Cunegundes de Aquino, vulgo Caju (foto á esquerda), esposo da irmã de Bico.

A testemunha-chave que para preservar sua identidade a polícia prefere chamá-la de Ângela afirma que todos beberam muito num bar próximo ao Terminal Rodoviário de Cajazeiras e Salvino começou a discutir com Maíra por conta de drogas. Logo após, o marido e Caju arrastaram a jovem para um matagal que fica por trás da AABB, onde foi Maíra foi amarrada pelo próprio marido com um cordão de nylon.

Ainda de acordo coma Ângela, a mulher foi espancada pelos dois e em seguida estuprada e morta por Salvino quando já se aproximava de 01h00 da madrugada do dia 18 de Julho. Ângela conta também que ela e Bico presenciaram toda a ação, mas nada fizeram, mesmo diante dos gritos de socorro da vítima que teve a boca tampada pelo marido com um pedaço de pano.

Já na manhã seguinte os quatro retornaram ao local a fim de constatar se Maíra realmente estava morta. "Foi nesta hora e neste local que recebi as ameaças de morte, caso contasse algo a polícia, disse Ângela.

Prisão
Diante dos novos fatos e do depoimento de Ângela a justiça, o juiz da 1ª Vara, Dr. José Djacir Soares decretou a prisão de Josemá Cunegundes de Aquino, o Caju que foi encontrado em casa na Agrovila de Cajazeiras. Com ele os policiais apreenderam a quantia de R$ 2.000,00 em espécie. Ele agora se encontra na Cadeia Pública a disposição do poder judiciário.

O outro acusado, Francisco Lopes de Moura, conhecido como Bico (foto á direita) já cumpre pena em regime de albergue e também vai responder por estes crimes de homicídio e estupro.

A Polícia Militar explicou que Caju e Marconeide foram confundidos com os verdadeiros acusados pela semelhança física e tatuagens pelo corpo. Além disso, o fato do crime ter ocorrido a noite e num local com pouca iluminação.

Levi Dantas,
com Ascom e fotos do 6º BPM

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