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Edivan Rodrigues

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Valorize o voto de deputado federal

14/03/2010 às 17h32

Por Francisco Cartaxo

Em outubro, cada eleitor votará em cinco candidatos: presidente da República, governador, senador, deputado federal e deputado estadual. Uma festa. Em meio a tantos postulantes, cada um a proclamar-se o melhor, honesto, o mais competente e isso e aquilo, torna-se difícil fazer a escolha acertada. Todos os candidatos parecem iguais. Mas não são.

Deixo de lado a eleição de presidente, governador, senador e me ligo na de deputados. Um critério sempre utilizado em Cajazeiras para selecionar quem merece nosso voto é o regional. Sufragam-se nomes da terra no pressuposto de que representam melhor nossos interesses. Quase sempre dá certo, muito embora se verifique evasão de votos para “os de fora”. Em todos os pleitos. Evasão que já foi causa de decepcionantes derrotas.

Portanto, votar nos candidatos da terra deverá ser a tônica, de novo, em 2010, na eleição de deputado estadual até porque, pelo menos três candidatos têm raízes em Cajazeiras, dois pleiteando reeleição: José Aldemir e Jeová Campos, além de Vituriano de Abreu. Aliás, uma briga de foice que já anda a mexer com as conquistas da comunidade, haja vista a crise do Hospital Regional.

Quero me referir, agora, ao pleito para deputado federal. Mais uma vez, Cajazeiras vai sufragar gente de fora, após o recuo de Jeová Campos. Por isso, convém afiar os critérios que devem guiar o eleitor na escolha do deputado federal que represente à altura os interesses de Cajazeiras nesta importante fase de seu crescimento. Os que postulam a reeleição precisam mostrar que, no exercício do mandato, trabalharam pela região, defenderam projetos coletivos, empenharam seu prestígio em benefício da comunidade. Mas preste muita atenção no que é interesse coletivo de fato. Cuidado, não confunda apadrinhamento pessoal ou de grupo político com benefício da coletividade.

Desconfie do chefe ou seu protegido que virou cabo eleitoral do deputado que está lá em Brasília, apenas, porque “arranjou um bico”. Que não se venha alardear “seu emprego” como argumento… Serve para ele, para a família. No entanto, por favor, assuma sua sujeição, não trate de confundir a cabeça do cidadão independente. Este tem outras motivações.

Um termômetro bom para avaliar são as emendas parlamentares, sempre proclamadas como o grande instrumento de serviço prestado. E são. Todavia, é bom verificar a lógica das dessas emendas. Em muitos casos, a pavimentação da estrada, o prédio, a ponte, o canal urbano, enfim, a obra pleiteada tem origem espúria, esconde interesses subalternos de empreiteiras, sendo o deputado ou senador, mero intermediário na alocação dos recursos transacionados em escalões diversos do executivo e do parlamento. Neste caso, o mandato vira um negócio. Negócio que alimenta o caixa dois de campanha. Pior ainda, engorda patrimônio pessoal, familiar e de laranjas de confiança. E em algumas situações, o caixa dois gera até mesmo as famosas sobras de campanha.

Edivan Rodrigues

Edivan Rodrigues

Juiz de Direito, Licenciado em Filosofia, Professor de Direito Eleitoral da FACISA, Secretário da Associação dos Magistrados da Paraíba – AMPB

Contato: [email protected]

Edivan Rodrigues

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Juiz de Direito, Licenciado em Filosofia, Professor de Direito Eleitoral da FACISA, Secretário da Associação dos Magistrados da Paraíba – AMPB

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