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Radomécio Leite

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Política do atraso

09/06/2009 às 23h25

Por José Antonio

Vale relembrar alguns fatos históricos que tiveram uma importância fundamental para o atual estágio econômico, social e educacional em que se encontra o município de Cajazeiras: primeiro foi o prefeito Chico Rolim, que sem medir distancia e esforços dôo à Universidade Federal da Paraíba um terreno de 25 hectares para a construção do Quinto Campus e em gestão anterior já havia doado ao governo do Estado o terreno para a construção do Colégio Estadual de Cajazeiras; em seguida o prefeito Antonio Quirino de Moura, não podia saber o que o governador de então, Ivan Bichara Sobreira, sonhava construir, para no mesmo dia, já ter em mãos a doação do terreno e assim foi com o atual 6º BPM, o Centro Administrativo (Banco do Estado e Fórum), Cibrazem; sem esquecermos Epitácio Leite Rolim que dôo ao governo federal o terreno para construção da Escola Técnica Federal e assim também procedeu Zerinho no momento em que precisávamos construir o CAIC e a Escola do SENAC.

Nos últimos oito anos, no governo de Carlos Antonio foram implementadas uma série de iniciativas, com o objetivo de incentivar empresários a se instalarem no município, como foi o caso da DAKOTA e inúmeros benefícios financeiros para instituições privadas e públicas (no caso do curso de medicina) de ensino superior para elaborações de projetos político-pedagógicos.

Houve um período, infelizmente, quando tínhamos dois deputados estaduais, Zarinha Leite e Antonio Vituriano, que apoiavam o governador José Maranhão na Assembléia Legislativa, mas eram “inimigos” políticos na base eleitoral, que era Cajazeiras. Neste período tivemos grandes prejuízos; José Maranhão para não desgostar nem um nem outro, preferia não atender os seus pleitos e só para exemplificar: a Junta Comercial só foi instalada porque a Associação Comercial interferiu fortemente, senão não teria sido aqui inaugurada.

Quantas importantes obras perdemos para a cidade de Sousa e Patos? Vamos citar apenas duas: o Centro Social do SESI e o Ginásio do SESC, isto por cochilo nosso e da briga entre nossos representantes.

Foi sempre, e talvez continue perdurando, em determinados momentos, por questões político-partidárias, a cidade seja mais uma vez prejudicada. É o caso da cessão de comodato de um galpão para a instalação de uma indústria ligada ao setor de tecelagem. Este espaço, há décadas, quase não tinha utilidade, só eventualmente. Como o fato da cessão, aprovada pela Câmara Municipal de Cajazeiras, ocorreu no governo passado e a atual gestão executiva do município entendeu que estaria ocorrendo “benefícios políticos nas hostes das oposições”, encaminhou à Câmara Municipal um novo Projeto de Lei, revogando e alterando este tipo de cessão de comodato de prédios públicos para instalações de empresas privadas com objetivos de gerar emprego e renda no município.

Toda cidade sabe e fica muito claro para o mais leigo cidadão que a questão, que está sendo conhecida como a do “o armazém da Cibrazem” cheira muito a questão político-partidária, com forte ingrediente de perseguição política. Em outras palavras: uma “queda-de-braço” entre o ex-prefeito Carlos Antonio e o atual Léo Abreu. Entre o “rochedo” está a empresa, que se instalada na cidade, poderá gerar muitos empregos e renda para uma comunidade que tem como um dos principais problemas a questão do desemprego. Este fato é lastimável sob todos os aspectos. Será que não dava para a luz da razão, sem as paixões políticas, sem as intrigas e as querelas encontrar uma solução?
Comenta-se na cidade que estaria existindo interesse de outro grupo econômico na cessão do “Armazém da Cibrazem”, que atua no segmento industrial e que estaria recebendo as bênçãos do grupo político que está atualmente no poder para ocupar o referido prédio.

Não poderia deixar de registrar, com profundo sentimento de decepção, da posição da Câmara Municipal de Cajazeiras, que em pouco tempo, modificou a lei sobre cessão de prédios públicos, incluindo nela um parágrafo que dá pleno e total poder e autoriza Chefe do Executivo Municipal, ao sabor de seus “ímpetos políticos” a “anular por decreto quaisquer concessões de uso, anteriormente firmados, e, futuras”.

Mais decepcionado estou com o deputado Jeová Campos, que eu tenha conhecimento, não fez qualquer manifestação em defesa da instalação desta indústria de tecelagem na cidade. Um gesto de omissão imperdoável. Por que meter política quando é para se gerar empregos na cidade? Onde estaria a altivez e o espírito público de nossos líderes?
Poderes Executivo e Legislativo e mais nossos deputados, infelizmente, só defendem os que lhe interessa e o que possa lhes render em votos e outras coisas mais. Não consigo entender como não começar de imediato a montagem destas máquinas no galpão da Cibrazem, que até hoje, depois de mais de 40 anos não servia absolutamente pra nada. Vamos acabar com a política do atraso, do subdesenvolvimento e da burrice, antes que o dono das máquinas a instale na cidade de São Bento, cujo prefeito está de olho.

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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