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Lenilson Oliveira

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Os desafios dos novos prefeitos

30/12/2016 às 11h28 • atualizado em 30/12/2016 às 11h32

Passadas as eleições, as diplomações e as posses em primeiro de janeiro, os novos administradores municipais devem voltar suas atenções agora para as montagens das suas equipes de auxiliares, dos secretários aos demais escalões, dependentes de nomeação direta e, com maior preocupação, para os cem primeiros dias de governo, quando se dá a primeira avaliação interna e da própria população.

Os cem primeiros dias são cruciais para tomar ciência da verdadeira situação financeira e administrativa dos cofres e demandas da população, serviços públicos, pagamento do funcionalismo e compromissos com os fornecedores e precatórios, deixados ou assumidos pela gestão anterior, tenha sido própria, no caso de reeleição, ou herdados de outrem.

Até o início de abril, como preparação para fechar o primeiro semestre da administração, será o tempo para “azeitar a máquina”, com atenção redobrada para os serviços essenciais, como atenção básica saúde, educação fundamental e infraestrutura, sobretudo num início de ano incerto e inseguro como será 2017, como fazia tempo que não se vivia, fruto das crises política, administrativa, econômica, institucional e moral que o país atravessa.

Diante do quadro que se pinta, os novos prefeitos não podem esperar muita coisa, da mesma forma que a população em geral, que já pena com a rebordosa da crise generalizada em que o país está afundado.

Com certeza, os maiores desafios serão dos gestores que só dispõem basicamente das cotas do Fundo de Participação dos Municípios, cada vez mais minguadas, mal dando para o repasse obrigatório para a Câmara Municipal e os compromissos mais prementes.

Afora depender dos parcos recursos federais e estaduais, incluindo ISS e afins, além dos impostos municipais, como IPTU e outros, vai restar aos heroicos gestores colocarem os pires nas mãos e irem bater às portas de senadores e deputados atrás de emendas ou dotações financeiras para poderem executar o mínimo para as zonas urbana e rural.

Assim, de pires na mão, o gestor fica à mercê do parlamentar ou até mesmo do governador de plantão no Estado para a execução de obras, em tese, simples, como recuperação de estradas, por exemplo.

Assim, vamos esperar – cobrando quando necessário – pelos primeiros cem dias dos nossos administradores e torcendo para que, com seriedade, desprendimento e espírito público, consigam superar os seus desafios e ser a diferença que nossos municípios tanto almejam e merecem.

Lenilson Oliveira


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

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Contato: [email protected]

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