Eu e o futebol de Cajazeiras (Parte 3)
Por Reudesman Lopes
O ano era 1980, o futebol de Cajazeiras vivia certo marasmo em termos de organização a Liga Cajazeirense de Desportos não estava funcionando e havia bons times naquele momento, uma certa noite, ainda residindo na Rua Pedro Américo, recebi a visita de alguns “donos” de clubes da cidade e que vinham com a missão de nos convidar para dirigir a Liga Cajazeirense de Desportos, foi um encontro rápido e me coloquei a disposição destes, mas, com um pedido, para que houvesse uma reunião e nesta, pudéssemos colocar os nossos planos para o futebol da terra do Padre Rolim.
Na verdade, queria sentir a vontade deles, os “donos” dos times para com o que sonhávamos de realizações para o futebol cajazeirense. O encontro não tardou já que a pressa era grande para a volta de um campeonato organizado e, neste, fui indicado por aclamação dos clubes para assumir a Liga Cajazeirense de Desportos que, a época, não era oficializada junto a Federação Paraibana de Futebol.
Pois bem, assumi a entidade do futebol municipal, era um sonho se realizando e logo vieram às recordações dos grandes campeonatos dos anos 60 e 70 que havíamos acompanhado ao lado do nosso pai Osmídio Lopes Ferreira, aliás, quando terminou essa reunião que fui conduzido a presidência da Liga, corri até a casa dele na Travessa São Francisco para lhe dizer que o seu filho acabara de assumir os destinos do futebol local. Lembro da reação dele, balançou a cabeça, sorriu e para mim foi uma resposta bem positiva.
Pensei em organizar a diretoria da Liga e de cara um nome era certo, do saudoso amigo João Bosco de Menezes Pereira, Boscão, um apaixonado pelo futebol e um profundo conhecedor da arbitragem, ele foi o meu diretor de árbitros da Liga.
Hora de entrar em campo, mostrar trabalho, reunimos todos os clubes para definirmos o campeonato, regulamento e organização da arbitragem, nesta oportunidade anunciei que havia escolhido Boscão para comandar a arbitragem, fiquei perplexo com a reação, os “donos” dos times, de pé, aplaudiram a indicação.
Veio o campeonato, com ele a volta do Torneio Início, organizamos uma festa digna, até com direito a Banda de Música, Hino Nacional e hasteamento das bandeiras, desfile dos clubes, um sucesso total. E o campeonato em si foi espetacular, os clubes brigando por cada partida, pelas vitórias e, graças a Deus, aquilo que mais nos preocupava, as arbitragens dos jogos, aconteceram de forma simplesmente de muita competência e imparcialidade.
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