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VÍDEO: Entidades defendem o jornalismo na luta contra coronavírus e pedem sustentação de empregos na PB

Nesta terça-feira (14), os jornalistas Heron Cid e Wallison Bezerra, do portal MaisPB e da Rede Mais de Comunicação, se uniram em um apelo por mais respeito e valorização da categoria

Por Jocivan Pinheiro

15/04/2020 às 11h47 • atualizado em 15/04/2020 às 13h04

Entidades da imprensa paraibana lançaram uma nota em que reforçam a importância do jornalismo na luta contra o coronavírus e defendem a sustentação dos empregos dos jornalistas na Paraíba.

Nesta terça-feira (14), os jornalistas Heron Cid e Wallison Bezerra, do portal MaisPB e da Rede Mais de Comunicação, em João Pessoa, se uniram em um apelo por mais respeito e valorização da categoria.

Em um texto publicado no blog de Heron Cid, Wallison Bezerra faz um desabafo a respeito das agressões verbais, psicológicas e às vezes físicas que os jornalistas estão sofrendo cada vez mais no Brasil, vítimas de comportamentos que beiram o fanatismo ou que já o são.

Wallison lamenta o fato de que as hostilizações e agressões crescem justamente num momento em que os jornalistas estão na linha de frente do combate ao novo coronavírus, expostos nas ruas em busca de informação para a população.

“Choro hoje ao ver que alucinados bolsonaristas escolheram o jornalismo como foco de ataque. Profetizam o fim da Rede Globo e da imprensa, mas não entendem que veículos e emissoras não são apenas um CNPJ. O que será dos amigos e colegas? Como fica a situação dos repórteres que se expõem diante ao vírus, vão para rua e são impedidos de trabalhar?”, escreveu Wallison.

“Hoje, choro ao escrever isso. Lágrimas escorrem no rosto. Mas, tenho a convicção que em um futuro bem próximo vamos poder contar o que vivemos para nossos filhos e netos. E aí sim, poderemos dizer: eu fui aquele ‘herói’ que não abandonou a missão de informar, de cobrar, de exigir que você tivesse uma vida melhor do que a que eu tive há alguns anos”, completa.

Os jornalistas Heron Cid e Wallison Bezerra

Jornalismo, campo ameaçado

Heron Cid, na coluna Hora H, também abordou o papel do jornalismo e o ameaçado campo da comunicação em tempos de hostilizado e desqualificação da categoria, ressaltando que o isolamento social também afeta diretamente seus empregos e sustento.

Heron comparou os jornalistas a um “exército que vem passando despercebido, uma tropa de soldados invisíveis” e alertou para a ameaça do desemprego como consequência direta da falta de anunciantes durante a crise econômica da epidemia.

“Talvez nunca estivemos tão expostos às críticas, aos ataques e à doença. Mas é uma exposição totalmente fragilizada porque continuamos no front, mas com um mercado cada vez mais atingido, abalado, com anúncios em queda. Empresas de comunicação não são organizações não governamentais, elas sobrevivem de anúncios, da compra de espaço publicitário pela audiência. Mas a pergunta é: até quando esses profissionais poderão estar no front? Até quando haverá esses empregos?”.

Leia a nota

NA LUTA CONTRA O CORONAVÍRUS, PAPEL DO JORNALISMO É INDISPENSÁVEL E COMUNICAÇÃO PRECISA SE MANTER DE PÉ COM EMPREGOS

O Coronavírus atingiu todos os segmentos com maior ou menor intensidade cabendo a cada um dimensionar os efeitos. Também afetada diretamente pela crise, as empresas de comunicação mantêm o papel responsável e intransferível do tratamento e veiculação das informações apuradas à sociedade.

Mas, é fundamental admitir que em tempos de crise afetando a todos, se faz urgente invocar como indispensável a manutenção dos investimentos privados e públicos na cadeia produtiva do jornalismo e da comunicação (rádios, TV’s, portais, sites, agências de publicidade, marketing digital, produtoras de áudio-visual, assessorias de imprensa, entre outros).

As ações comerciais e anúncios institucionais são a única fonte capaz de assegurar a mínima sustentabilidade desse importante sistema econômico gerador de empregos para um grande universo de profissionais que envolve repórteres, apresentadores, colunistas, produtores, editores, sonoplastas, iluminadores.

Além do mais, existem muitas famílias envolvidas e as empresas também abrigam diversos outros segmentos profissionais, que vão de recepcionista, recursos humanos, vigilantes, advogados, fonoaudiólogos, contadores, eletricistas, informática, publicitários, programadores, mídias, atendimento, vendedores, técnicos, engenheiros, para citar alguns.

A Comunicação não é uma peça isolada em si, mas parte mais visível de uma grande engrenagem presente na economia do dia dia e que merece e reivindica igual atenção a que tem sido dispensada, com justiça, às demais categorias profissionais.

As entidades, abaixo discriminadas, compromissadas com o direito à informação, consagrado na nossa Constituição Federal, com a democratização dos meios, e defensoras da importância dos veículos de comunicação como fortalecedoras da democracia na sociedade, perfilam-se também na defesa da auto sustentação dos veículos e sobrevivência dos seus agentes e trabalhadores.

Por tudo isso, consideramos indispensável a manutenção dos investimentos comerciais na mídia pelo mercado privado e organismos públicos, estes com a tarefa ainda mais coletiva de manter em evidência serviços essenciais e campanhas de conscientização.

O contrário disso significa, na prática, insensibilidade e a desidratação letal de uma estrutura composta por homens e mulheres, trabalhadores e trabalhadoras, que – por dever de ofício e convicção cidadã – tem se arriscado e se feito parceiro indispensável na guerra contra essa terrível pandemia que ameaça saúde, empregos e renda.

Associação Paraibana de Imprensa (API)
Sindicato dos Radialistas da Paraíba
Associação de Mídia Digital (Amidi-PB)
Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap-PB)
Sindicato das Agências de Propaganda-PB (Sinapro-PB)

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