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VÍDEO: Médico diz que especialidade da anestesia foi fundamental durante a pandemia da covid-19

O profissional explica que devido ao Coronavírus ser ligado direto ao fator respiratório e a necessidade de UTI, a anestesiologia surgiu como uma das áreas mais específicas neste sentido. "Não existe uma área mais afim da terapia intensiva do que a anestesia"

Por Luiz Adriano

27/09/2024 às 20h51 • atualizado em 27/09/2024 às 20h57

Na edição do “Método Científico” desta quinta-feira (26), o médico anestesiologista Dr. Juliano Teles, falou sobre a importância da especialidade da anestesia no período da pandemia da covid-19.

O profissional explicou que um dos maiores problemas da doença pandêmica era a insuficiência respiratória. Dentro do quadro clínico, este fator era o que mais contribuía para a gravidade da pessoa enferma, afirma o médico o qual reforça que devido à doença ser ligada direto ao fator respiratório, a anestesiologia surge como uma das áreas mais específicas neste sentido.

Dr. Juliano disse que “isso é coisa muito própria” da anestesiologia. “O anestesiologista é o especialista da via aérea”, acrescentou.

O anestesista lembrou que logo que começou a epidemia em países estrangeiros, de princípio já foi vista a necessidade de ter profissionais cada vez mais habilitados “com o manejo de via aérea”. “Ai veio a ascendência da nossa especialidade”.

Médico anestesiologista Dr. Juliano Teles – Foto: TV Diário do Sertão

Relatos – O médico relatou que no HU de João Pessoa que é um dos hospitais onde ele atua, havia uma recomendação de que em casos de via aérea mais complicada, primeiro teria que acionar o anestesista. Ele disse também que isso se repetia em outras unidades. “Não foi diferente em outros hospitais, porque muitos colegas, por não ter tanta afinidade com via aérea, precisou da ajuda da gente, precisou da ajuda da anestesia”, ressaltou.

“Além dessa relativa facilidade com manejo de via aérea, começou faltar gente para dar conta dos pacientes que precisavam de UTI, então, era tanto paciente indo para respirador, tanto paciente precisando de cuidado intensivo que a quantidade de intensivista a nível de território nacional, não foi suficiente”, disse ao explicar que profissionais de outras especialidades foram convocados a atuar em UTIs.

“Não existe uma área mais afim da terapia intensiva do que a anestesia. A gente tem facilidade com respirador porque a gente usa no dia a dia; a gente tem afinidade no manejo de drogas vasoativas […]; a gente usa muitas das medicações que são usadas em terapia intensiva; sedação no paciente entubado; […]. Por toda essa gama de afinidades entre as especialidades, então acho que nada mais natural do que durante a pandemia a anestesia ter vindo somar durante esse período de tamanha necessidade”, concluiu o entrevistado.

O programa “Método Científico” é apresentado em formato de podcast pelo também médico anestesista, Dr. Saulo Viana, todas as quintas-feiras a partir das 16h na TV e Rede Diário do Sertão.

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