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VÍDEO: Agricultor de Cajazeiras encontra espiga de milho diferente e acredita ser ‘sinal para o fim do mundo’

O agricultor Damião Rodrigues da Silva disse em entrevista à TV e Rede Diário do Sertão que em mais de 25 anos de agricultura, nunca havia encontrado algo tão estranho em seu roçado

Por Priscila Tavares

24/05/2023 às 19h06 • atualizado em 24/05/2023 às 19h16

O agricultor Damião Rodrigues da Silva, de 60 anos, morador do sítio Jatobá, zona rural de Cajazeiras, encontrou em sua plantação uma espiga de milho muito diferente.

O repórter Elmo Lacerda foi até a residência do agricultor para conferir o fato inusitado. Damião contou em entrevista à TV e Rede Diário do Sertão que sua filha estava colhendo o milho para fazer um bolo, quando se surpreendeu e encontrou uma que se destacava das demais, pelo tamanho.

“Eu nunca tinha visto na minha vida uma espiga de milho diferente. Quando a menina saiu para pegar o milho, para fazer um bolo a gente se deparou com essa espiga de milho. Ela trouxe, quando abriu se assustou, ter visto ela desse jeito. Nunca tinha visto, eu também nunca vi, durante essa minha correria, nunca na minha vida eu vi uma espiga de milho dessa”, afirmou o agricultor.

Damião Rodrigues da Silva, agricultor (Foto: TVDS)

Damião afirma que em mais de 25 anos de trabalho na agricultura nunca havia encontrado algo assim. Ele contou que teve até dificuldades para dormir, pois estava impressionado com a espiga encontrada no milharal.

A espiga apresenta uma aparência totalmente diferente da convencional, com grãos disformes e extremamente avantajados. O sertanejo acredita que a deformidade do milho é um ‘sinal divino’ para os fins dos tempos.

“Eu acredito que seja alguma obra de Deus, dando algum sinal para o final do mundo. Porque uma espiga de milho ela fininha por dentro e toda decorada desse jeito, como quem foi montada, só obra de Deus”, enfatiza Damião.

Damião no milharal que foi encontrado a espiga (Foto: TVDS)

“Quis nascer o milho normal e ficou saindo que nem dente de alho, que nem uma língua, tem coração, tem de todo jeito aqui nessa espiga. Foi uma coisa que fiquei impressionada, até hoje. Não posso dizer a você como foi que surgiu um coisa dessa no meio de um milharal desse todinho, só ela num pé separado”, completou o agricultor.

Damião e família (Foto: TVDS)

CASO SEMELHANTE ACONTECEU EM ALAGOAS

Uma espiga semelhante foi encontrada na comunidade Sobradinho, na zona rural de Monteirópolis-Al. O professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) Paulo Vardelei, que é agrônomo e tem doutorado no assunto, disse à imprensa que trata-se de uma doença do milho denominada de Carvão-comum-do-milho, causada pelo fungo Ustilago maydis (DC) Cda.

“No lugar dos grãos, podem ser vistas as estruturas do fungo, conforme a foto enviada, que formam uma massa negra pulverulenta, por isso o nome de carvão”, esclareceu o professor.

Conforme uma publicação da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Carvão-comum-do-milho é considerada no Brasil uma doença de importância secundária, em razão de sua baixa incidência até hoje.

“O carvão é diferente de todas as demais doenças do milho, pois as espigas infectadas não produzem grãos e são perdidas, pelo menos aqui onde não são utilizadas como alimento, como acontece em outros países, como no México, onde é uma iguaria”, diz a publicação da Embrapa.

“O tamanho exagerado dos grãos é devido ao crescimento anormal das células por causa da infecção pelo fungo”, ressalta o material da Embrapa.

DIÁRIO DO SERTÃO

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