Agricultor familiar da região de Sousa inova no cultivo alface com capacidade para quase 4 mil pés
Emater local realizou as primeiras orientações e continua com o acompanhamento técnico necessário à montagem da estrutura.
O cultivo de alface com proteção contra pragas em sistema agroecológico está mudando a vida do agricultor familiar Sebastião dos Anjos Braga, residente na Comunidade Poço Serrote, no município de Nazarezinho, no Sertão da Paraíba. A Emater local realizou as primeiras orientações e continua com o acompanhamento técnico necessário à montagem da estrutura, preparo dos canteiros e a instalação de sistema de irrigação.
Depois de toda a estrutura pronta, o agricultor passou a ser dono de uma área de 20 canteiros com capacidade de 180 plantas por canteiro, permitindo uma produção de 3.800 pés de alface a cada plantio e uma estimativa anual de 15 mil pés, prevendo-se até quatro plantios por ano.
Os cuidados para se ter uma produção de alface de boa qualidade começam na semeadura. O cultivo de mudas é feita em um pequeno berçário dentro da estrutura, e quando as mudas estão no tamanho ideal são transportadas para os canteiros.
Todos os trabalhos têm assessoramento dos extensionistas rurais da Emater em Nazarezinho, Aldo César e Francisco Santana, com o acompanhamento do coordenador regional em Sousa, Francisco de Assis Bernardino.
O agricultor também vem fazendo investimentos em novas tecnologias como, por exemplo, o uso do mulching, uma técnica que apresenta diversas vantagens para a cultura da alface, entre as quais a diminuição da presença de ervas daninhas ao redor das plantas, manutenção da unidade no solo no período quente, diminuição da frequência da irrigação, mesmo quando as plantas estão expostas ao sol.
O método também auxilia na higiene porque as folhas de alface não ficam em contato diretamente na terra. Outra vantagem é que o mulching pode ser utilizado por mais de um plantio, com isso o agricultor tem um menor custo por plantio.
Mulching, também chamado de acolchoado, é uma técnica com utilização já bastante comum na agricultura e jardinagem. Consiste em formar uma barreira física resistente a intempéries na superfície do solo e condições climáticas adversas, além de oferecer inúmeros benefícios para as mais diversas culturas, explicaram os técnicos da Emater, empresa integrante da Gestão Unificada, vinculada à Secretaria do Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca.
A produção é comercializada no mercado local, nas feiras livres nas cidades próximas a Sousa e também junto ao Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) Doação Simultânea, que faz a distribuição nas escolas e na rede hospitalar.
DIÁRIO DO SERTÃO com assessoria
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