Homem volta a se acorrentar em frente ao fórum para clamar por remédio para a filha
A secretaria de saúde de Uiraúna, Maria Juliet disse que já conseguiu viabilizar a compra dos medicamentos.
O vendedor ambulante, Flávio Coelho de Assis Ferreira, 36 anos voltou a se acorrentar nessa quarta-feira (4), em uma praça pública, em frente ao fórum e fazendo greve de fome desde a manhã da terça-feira (3) na cidade de Uiraúna. Ele protesta para que a prefeitura municipal cumpra uma ordem judicial que determina o fornecimento de medicamentos e alimentos especiais para a filha, Jamilly Nadir, de 3 anos, que tem uma doença rara. Flávio Coelho de Assis Ferreira disse que só vai deixar o local quando estiver com todos os produtos que a filha precisa.
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O pai disse que a filha foi diagnosticada com encefalopatia metabólica decorrente de aciduria glutárica tipo 1 (uma doença no metabolismo que acumula ácido glutárico na urina, plasma e tecidos do corpo) e necessita de medicamentos para evitar infecções e amenizar dores.
A criança também se alimenta por sonda e precisa de um leite que custa em torno de R$ 1,6 mil cada lata, sendo que são consumidas, em média, sete latas por mês, somando um custo mensal de R$ 11,2 mil. Sem condições para pagar esse valor, a família entrou na justiça para garantir os medicamentos e latas do leite pelo poder público. Mas ele diz que está sem receber desde dezembro do ano passado.
Nessa terça-feira, o pai da menina foi até a sede do fórum da cidade e se acorrentou em uma árvore, às 5h ficando no local por mais de três horas até falar com o juiz. Através de uma ação do Ministério Público Paraíba, o juiz substituto da comarca de Uiraúna, Fabiano Graças Costa, enviou uma nova determinação para a prefeitura exigindo o fornecimento em um prazo de 48 horas.
“Já estou passando mal, mas só vou sair daqui quando estiver com tudo que eu preciso. Minha filha está passando fome e eu também vou passar”, contou o pai. Ainda de acordo com Flávio Ferreira, quando a filha fica sem a alimentação adequada ela sofre infecções, febre e convulsões.
O outro lado
A secretaria de saúde de Uiraúna, Maria Juliet, informou que recebeu a determinação judicial na tarde da terça-feira e disse que já conseguiu viabilizar a compra dos medicamentos, por meio de licitação, mas está tendo dificuldade em encontrar o leite. Entretanto, garantiu que a prefeitura está se empenhando para conseguir o mais rápido.
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