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Família de criança com câncer vendeu tudo para comprar remédio

Kevelin, 9 anos, tem um tumor no cérebro e hidrocefalia. Padrasto vendeu moto e agora busca emprego. Família mal tem o que comer.

Por Priscila Belmont

10/05/2017 às 09h00

Kevelin Thaynara de Almeida Rocha (foto arquivo pessoal)

A família da pequena Kevelin Thaynara de Almeida Rocha (foto principal), 9 anos, precisa de ajuda. Há cinco anos a menina convive com um tumor no cérebro, já passou por nove cirurgias e recentemente descobriram que ela tem hidrocefalia — acúmulo de líquido dentro do crânio. Como a mãe, Vanda Maria de Almeida Silva, 31, não trabalha para cuidar de quatro filhos e o padrasto das crianças, Wagner Garcia Silva, 39, está desempregado, todos passam por dificuldades.

Wagner vendeu a moto que usava para trabalhar a fim de arrecadar dinheiro para a compra do medicamento que Kevelin precisa, o triptorrelina. A dose, tomada a cada 28 dias, chega a custar R$ 700. A menina precisa de 19. Em maio, a família conseguiu retirar duas ampolas da Farmácia de Alto Custo. A próxima, segundo a Secretaria de Saúde, será fornecida em junho

No entanto, como a família de Kevelin precisou bancar o tratamento até antes de conseguir a substância na rede pública, gastou todos os recursos que tinha. Segundo Vanda, o remédio é para controlar os hormônios da filha, que entrou na puberdade aos 7 anos e agora tem estrutura óssea de uma adolescente de 14. “Temos medo de algo dar errado, pois ela pode desenvolver uma parte do corpo e outra não”, ressaltou a mulher.

Sequelas
Vanda, Wagner, Kevelin e os três irmãos moram de favor em uma casa da Cidade Ocidental (GO). A mulher contou ao Metrópoles que eles não têm dinheiro nem para pagar passagens de ônibus para outro lugar que não seja o Hospital da Criança, onde Kevelin recebe atendimento. A menina, que já passou por quimio e radioterapia, hoje enfrenta sequelas da hidrocefalia. “Ela tem algumas dificuldades no lado esquerdo do corpo, não mexe a mão e puxa um pouco a perna para andar”, detalhou a mãe.

Sensibilizada com a situação, a fundadora da entidade de Ceilândia Associação Meire Fraternidade, Francimeire Alves Silva Sampaio, 39 anos, criou uma ação para ajudar a família. “Eles venderam tudo o que tinham para comprar o medicamento para Kevelin. Hoje não têm o que comer. Peço ajuda para que, além de arrecadar alimentos e dinheiro, alguém dê um emprego para o Wagner.”

Se você puder ajudar a família, entre em contato com a Associação Meire Fraternidade, por meio dos telefones (61) 3546-1330 ou (61) 98623-9410 (WhatsApp).

Metrópoles

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