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EXCLUSIVO: Após três anos, lendário padre de Cajazeiras revela o que motivou sua ida para João Pessoa

Padre Raymundo Honório é considerado um dos maiores sacerdotes que a Diocese de Cajazeiras já teve e é descendente do fundador de Cajazeiras, padre Rolim

Por Luis Fernando Mifô

15/01/2019 às 21h51 • atualizado em 16/01/2019 às 10h37

Próximo de completar 88 anos de idade e 60 anos de ordenação sacerdotal, o padre Raymundo Honório Rolim, pároco-emérito da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, Diocese de Cajazeiras, conversou com a TV Diário do Sertão em João Pessoa, onde reside atualmente, e revelou os motivos que o levaram a partir de Cajazeiras para a capital.

Considerado um dos maiores sacerdotes que a Diocese de Cajazeiras já teve e descendente do fundador de Cajazeiras padre Inácio de Sousa Rolim, padre Raymundo sempre foi conhecido entre os fiéis das mais diversas paróquias onde atuou por sua pontualidade nas celebrações que conduzia. Após deixar o posto de pároco da Matriz de Nossa Senhora de Fátima, ele passou a celebrar missas dominicais na Capela de Nossa Senhora dos Remédios, em Cajazeiras, onde permaneceu durante anos.

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Hoje, aproximando-se dos 60 anos desde sua ordenação sacerdotal, padre Raymundo vive na cidade de João Pessoa desde 2015, quando foi acometido por problemas de saúde e optou pelo afastamento total das suas atividades, indo morar com familiares.

“Tive um problema de falta de fôlego, passei oito dias internado. […] Quando terminei esse tratamento eu vim para a casa de Matilde”, disse.

Segundo o padre, outro motivo de sua ida para João Pessoa foi a solidão. “Eu vivia sozinho e não tinha mais condições de sobreviver sozinho”, afirmou o padre.

Padre Raymundo prestou entrevista à TV Diário do Sertão em João Pessoa

Perguntado sobre o futuro de padres aposentados, padre Raymundo afirmou que quando ainda estava em Cajazeiras, buscou morar no Lar Sacerdotal da Diocese, lugar destinado a abrigar padres, “na esperança de permanecer o resto da vida”.

Contudo, o desejo do sacerdote não se cumpriu, uma vez que, segundo ele, as religiosas responsáveis pela manutenção do órgão se ausentavam durante o final de semana para exercer atividades pastorais nas paróquias da Diocese, ficando o mesmo sozinho.

“Eu ficava sozinho naquele enorme prédio. […] As irmãs saíam e me deixavam sozinho, e nesse caso eu não tinha condição de ficar sozinho lá porque minha saúde já não estava bem. Aí foi quando eu resolvi vir aqui para João Pessoa”.

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Indagado sobre a relação com os padres da Diocese, padre Raymundo disse ter recebido as visitas dos padres Antônio Luiz e Agripino Ferreira.

Ele ainda confessou sentir saudades dos seus amigos de Cajazeiras: “Sinto muita falta de muitos amigos que deixei em cajazeiras, sobretudo de uma prima minha que me trazia todo domingo a minha refeição”.

DIÁRIO DO SERTÃO

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