Após o rompimento: José Aldemir declara que indignação de Ricardo soa como autodenúncia

O rompimento entre o deputado estadual José Aldemir (PEN) e o governador Ricardo Coutinho (PSB) continua sendo discutido na imprensa estadual. Em sua coluna no Jornal Correio nesta quinta-feira (27), a jornalista Lena Guimarães considerou as últimas declarações do deputado como “contra-ataque”, tendo em vista que Aldemir rompeu com o governador Ricardo em virtude do voto pela aprovação do novo Regimento Interno da Assembleia Legislativa.

No desenrolar do caso, subtendeu-se que para Ricardo Coutinho, os deputados, principalmente os do Partido Ecológico Nacional (PEN) estão tentando preparar um golpe contra ele e a aprovação do Regimento Interno tem o objetivo de derrubar o parecer do Tribunal de Contas sobre os gastos do governo, com o intuito de tornar o governador inelegível em 2014, rejeitando suas contas.

José Aldemir por sua vez, considerou a reação de Ricardo como autodenúncia, é o que relata Leda em sua coluna. O líder da maior bancada da Assembleia disse ainda que, em 30 anos de vida pública, nunca viu as contas de um governador serem rejeitadas.

O debate político passará a ser jurídico em janeiro quando chega aos tribunais. José Aldemir acha que não há motivo que justifique o questionamento do novo Regimento Interno da Assembleia no Poder Judiciário.

Entenda o caso
De acordo com José Aldemir, o rompimento das partes teve início após a aprovação do aprimoramento de um item do Regimento Interno da Assembleia Legislativa. “O governador achou que estávamos insinuando um golpe contra ele”, disse.

Aldemir explicou que as mudanças no regimento foram pedagógicas e didáticas e ocorreram para que o povo tenha mais acesso ao Poder Legislativo, para que a sociedade participe mais das ações e disparou: “O governador me disse que não admitia nenhum deputado aliado votar favorável a mudança do regimento. Ele me advertiu sobre os cargos dos meus amigos na região de Cajazeiras”.

Após a votação favorável ao regimento interno, não somente houve a separação, como todos os cargos estaduais de amigos e aliados de José Aldemir na região de Cajazeiras foram tirados.

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