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Sessão especial na ALPB encaminha comissão de negociação para tentar pôr fim à greve na UEPB

A sessão foi proposta pelo deputado Aníbal Marcolino (PEN), que teve que se ausentar ao fim do debate

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05/04/2013 às 08h19

Numa sessão especial bastante participava na manhã desta quinta-feira (04/04), foi encaminhada uma comissão de negociação tripartite para que se chegue a um bom termo quanto às reivindicações dos professores e servidores técnico-administrativos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), que se encontram em greve há cerca de 45 dias. A sessão foi proposta pelo deputado Aníbal Marcolino (PEN), que teve que se ausentar ao fim do debate, tendo o deputado Anísio Maia (PT) assumindo a presidência dos trabalhos.

Participaram da mesa o chefe de gabinete do governador, Waldir Porfírio; o reitor da UEPB, professor Rangel Júnior, o diretor do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior), Josevaldo Cunha; o presidente da Associação dos Docentes da UEPB, José Cristóvão de Andrade; os representantes do Comando de Greve, Juscelino Pereira Luna, Cristiane Nepomuceno (professores) e Sérgio Cunha (técnico-administrativo). Além destes, na mesa os representantes estudantis Alberto Alves (DCE) e Fernando Domingos, e do Fórum dos Servidores Públicos da Paraíba, Victor Hugo e Lourdes Sarmento.

A grande maioria das falas apontou a quebra da Autonomia Universitária por parte do governador Ricardo Coutinho como principal problema para a situação vivida pela UEPB, e denunciou os diversos problemas enfrentados pela comunidade acadêmica em relação à infraestrutura, tais como laboratórios sem equipamentos, reformas inconclusas, falta de professores e de salas de aula para todas as turmas, graves problemas nos prédios (como tetos sob ameaça de desabamento). Vários deputados da bancada de oposição também fizeram uso da palavra e cobraram do reitor uma postura mais aguerrida para que o Governo repasse à Universidade os recursos devidos.

O reitor Rangel Júnior se defendeu das críticas, alegando que a UEPB viveu uma grande expansão recentemente e que, por isso, “está passando por uma crise de crescimento”.

Numa das últimas intervenções, o professor Nelson Júnior propôs a criação de uma comissão, que será formada por representantes do Governo Estadual, da Assembleia Legislativa, do Comando de Greve (professores, funcionários e estudantes) e da Reitoria. A primeira reunião já ficou marcada para o próximo dia 09/04, na ALPB.

Por fim, o deputado Anísio Maia interveio no sentido de que é preciso buscar recursos emergenciais para solucionar o impasse do reajuste salarial dos servidores em greve e para investir na infraestrutura da UEPB a fim de resolver os diversos problemas relatados na sessão. “O Governo Estadual tem repetido na imprensa que obteve um superávit orçamentário de R$ 400 milhões. Proponho que deste recurso saíam os R$ 22 milhões estimados como necessários para atender a à demanda imediata da UEPB”. A proposta do deputado também será analisada na reunião da comissão de negociação.

Reivindicações
A comunidade acadêmica da UEPB coloca como centro de sua pauta a luta contra a PRECARIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO e reivindicam: reposição das perdas salariais; oposição à ampliação indiscriminada da carga horária de ensino para os professores; defesa da Autonomia Universitária; respeito aos professores substitutos, com isonomia dos proventos em relação aos efetivos, bem como ampliação do prazo dos contratos; equiparação salarial entre aposentados e profissionais da ativa; expansão e consolidação da assistência estudantil, com efetiva aplicação dos recursos orçados, implicando na ampliação das bolsas (pesquisa, extensão e monitoria), na expansão e/ou construção de Residências e Restaurantes Universitários gratuitos; melhoria da infraestrutura dos campi; realização de concurso público.

DIÁRIO DO SERTÃO com Assessoria

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