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Decisão de Moraes diz que Braga Netto repassou dinheiro em sacola de vinho para financiar morte de autoridades

Braga Netto foi preso na manhã deste sábado (14) em Copacabana, no Rio de Janeiro, por meio de uma operação da Polícia Federal, em cumprimento a decisão do STF

Por Luiz Adriano

14/12/2024 às 16h04 • atualizado em 14/12/2024 às 16h05

General Braga Netto - Foto: Alan Santos/PR

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, que determinou a prisão do general da reserva do Exército, Braga Netto, que é ex-ministro da Casa Civil e da Defesa do governo Bolsonaro, e candidato a vice-presidente na chapa derrotada em 2022, relata que o referido general “repassou diretamente ao então Major RAFAEL DE OLIVEIRA, dinheiro em uma sacola de vinho, que serviria para o financiamento das despesas necessárias a realização da operação”.

A referida “operação” citada na decisão de Moraes, refere-se á ação delituosa que tinha o objetivo de promover recursos financeiros para execução de monitoramento de alvos e planejamento de sequestros e, possivelmente, homicídios do presidente Lula (PT), seu vice, Geraldo Alckmin (PSB) e do próprio ministro Alexandre de Moraes.

Braga Netto foi preso na manhã de hoje em Copacabana, no Rio de Janeiro, por meio de uma operação da Polícia Federal, em cumprimento a decisão do STF.

O ex-candidato a vice de Bolsonaro é alvo da investigação que apurou a existência de uma organização criminosa que atuou de forma coordenada, em 2022, na tentativa de manutenção do então presidente da República no poder.

Em 19 de novembro deste ano, a Polícia Federal deflagrou a Operação Contragolpe, para desarticular a organização criminosa responsável por ter planejado um golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito nas Eleições de 2022 e restringir o livre exercício do Poder Judiciário.

As investigações apontam que a organização criminosa se utilizou de elevado nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas nos meses de novembro e dezembro de 2022. Os investigados são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais (FE).

De acordo com o STF, a operação denominada pelos investigados de “Copa 2022”, tinha por finalidade monitorar e eventualmente prender ou assassinar figuras-chave, como o ministro do STF Alexandre de Moraes, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, Geraldo Alckmin, visando impedir a posse no cargo.

Confira a decisão que autorizou a prisão de Braga Netto.

Nota da PF neste sábado (14)

Brasília/DF. A Polícia Federal cumpre, na manhã deste sábado (14/12), mandados judiciais expedidos pelo Supremo Tribunal Federal em face de investigados no inquérito que apurou a tentativa de golpe de Estado para impedir a posse do governo legitimamente eleito em 2022.

Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva, dois mandados de busca e apreensão e uma cautelar diversa da prisão contra indivíduos que estariam atrapalhando a livre produção de provas durante a instrução processual penal.

As medidas judiciais têm como objetivo evitar a reiteração das ações ilícitas.

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