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VÍDEO: Ministra das Mulheres culpa partidos pela ausência de mulheres em cargos de poder político

Cida Gonçalves disse que quase mil municípios do Brasil não têm sequer uma vereadora

Por Portal Diário

06/03/2024 às 17h22 • atualizado em 06/03/2024 às 17h36

Em entrevista ao “Bom Dia, Ministra” desta quarta-feira (06), a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou que para o mês em que é celebrado o Dia Internacional das Mulheres, o Governo Federal preparou uma programação especial para homenageá-las.

Além da inauguração de duas novas Casas da Mulher Brasileira e dois Centros de Referência, o Ministério deve divulgar o relatório de igualdade salarial nas empresas, ampliar o número de Patrulhas Maria da Penha e regulamentar o uso de tornozeleira eletrônica em casos de violência contra mulheres.

Cida Gonçalves contou ainda que, no dia 8 de março, vai lançar o programa “Asas para o Futuro”, com o objetivo de incluir meninas de 17 a 30 anos no mercado de trabalho. Além disso, será assinado um acordo de cooperação com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para qualificação das mulheres, entre outras ações diversas.

No entanto, a ministra também teve que explicar por que ainda há poucas mulheres em cargos de poder político. Na rodada de perguntas, a jornalista Paloma Morais, da BandNews FM de Salvador, lembrou que apesar do governo Lula ter se proposto, desde o início da gestão, a ter mulheres em cargos de destaque, inclusive ministérios, algumas baixas já aconteceram. Cida Gonçalves culpou os partidos aliados, já que são eles que indicam homens para os cargos.

“Eu acredito que nós temos um processo a ser construído no Brasil. Mesmo que a gente discuta a questão da importância das mulheres nos espaços de poder, as indicações ainda são feitas pelos partidos; são os partidos que indicam, geralmente, os homens. O que nós temos feito enquanto ministério é discutir com o Fórum Nacional de Partidos Políticos sobre como é que nós vamos avançar efetivamente dentro das lideranças, levantar nomes de lideranças mulheres.”

Cida Gonçalves, ministra das Mulheres (Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil)

O próprio presidente Lula já havia feita essa mesma alegação, quando disse em outubro do ano passado que a redução feminina no primeiro escalão do governo ocorreu em função da falta de indicações de mulheres pelos aliados políticos.

Lula começou com 11 mulheres ministras num total de 37 ministérios. Apesar de não ser nem a metade dos ministros homens, esse número foi um recorde na história. Porém, cerca de oito meses depois, o presidente teve que se curvar às pressões de partidos aliados e acabou demitindo Daniela Carneiro do Ministério do Turismo, que foi substituída por Celso Sabino; e depois tirou Ana Moser na pasta do Esporte para colocar o deputado federal André Fufuca (PP-MA).

Outra demissão marcante do governo Lula foi a da economista Rita Serrano, que deixou a presidência da Caixa Econômica Federal para dar espaço ao Centrão.

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