Investigação no Ministério Público Estadual pode cassar mandatos de vereadores no Sertão da Paraíba
"Pessoas, por exemplo, que recebem o bolsa família doando três quatro mil reais a candidatos a vereador de Patos”, comentou Dr. Túlio.
O Ministério Público Estadual (MPE) está de posse de relatório de inteligência enviado pela Procuradoria Regional Eleitoral (PRE) mostrando incompatibilidade nas doações feitas para vereadores durante o período eleitoral na campanha de 2016. Três vereadores eleitos na cidade de Patos estão sendo investigados e podem perder o mandato.
A investigação começou quando a PRE detectou algumas pessoas que declararam rendas nos órgãos oficiais, tais como Receita Federal, Bolsa Família, dentre outros, no entanto, mesmo alguns cidadãos sendo pobres e com renda ínfima, teriam feito doações de R$ 2.000,00; R$ 3.000,00 e até R$ 4.000,00 para os vereadores que estão sendo investigados.
Em entrevista, Dr. Túlio César, Promotor do MPE, em Patos, relatou que o Ministério Público Estadual, através da Promotora Dra. Lívia Cabral já começou a ouvir os eleitores doadores. Dr. Túlio não descartou a possibilidade de ter existido caixa dois, lavagem de dinheiro, pois em alguns casos não houve a comprovação da licitude dos recursos recebidos e as pessoas podem responde na esfera criminal. “Pessoas que fizeram doações com rendimento incompatível com o que foi doado. Pessoas, por exemplo, que recebem o bolsa família doando três quatro mil reais a candidatos a vereador de Patos”, comentou Dr. Túlio.
Dos 17 vereadores eleitos 3 estão sendo investigados. O assunto está sendo amplamente repercutido na sociedade e também entre os políticos locais. Caso se encaminhe pelo Ministério Público o pedido de cassação dos mandatos dos vereadores envolvidos e este fato seja confirmado pela justiça, pode ocorrer mudanças na Câmara Municipal de Patos com a posse de vereadores suplentes.
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