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Atrizes pornô revelam os bastidores do clipe de Lady Gaga

Lady Gaga, com suas performances e figurinos, deu um novo fôlego à música pop, sendo considerada por alguns críticos a substituta de Madonna. Ela sabe conduzir sua carreira como ninguém, instigando estranhezas para causar polêmica. "Poker Face – A Ascensão de Lady Gaga" é uma das muitas biografias que a cantora recebeu recentemente. Maureen Callahan […]

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04/02/2011 às 16h14

Lady Gaga, com suas performances e figurinos, deu um novo fôlego à música pop, sendo considerada por alguns críticos a substituta de Madonna. Ela sabe conduzir sua carreira como ninguém, instigando estranhezas para causar polêmica.

"Poker Face – A Ascensão de Lady Gaga" é uma das muitas biografias que a cantora recebeu recentemente. Maureen Callahan tenta decifrar quem é Stefani Germanotta, a garota que existia antes de Lady Gaga surgir.

Procurando amigos de seu tempo de colégio, mostra que sua vida foi mais normal do que ela gosta de dizer. Observando a sua carreira, explica como alguém com uma postura tão desafiadora pode ser insegura e carente na intimidade.

Além da indústria fonográfica, Gaga também deu novo gás ao videoclipe. Plataforma de divulgação amplamente utilizada nos anos 1990, acabou se desgastando e quase dada como extinta. Seus clipes, que são quase curtas, apresentaram um novo caminho para esta mídia.

Durante a última semana de janeiro de 2010, Gaga filmou o clipe de "Telephone" com Beyoncé; Jonas Akerlund, que dirigira o clipe de "Bad Romance", também dirigiu "Telephone". O tema: uma mistura fashion de alto nível de gêneros cinematográficos americanos, variando da exploração sexual de mulheres encerradas ao cinema apelativo, e envolvendo extravagantes cenários de homicídios tirados de "Pulp Fiction" e "Kill Bill: Vol. 1", de Quentin Tarantino (Tarantino emprestou o "Pussy Wagon" de "Kill Bill" para o clipe) e um desfecho tirado de "Thelma e Louise". A trama: ela é presa; recebe um telefonema de Beyoncé, que a tira da prisão; as duas pegam a estrada, usando várias expressões ambíguas; param em uma lanchonete onde Gaga finge ser uma garçonete e envenena a todos no lugar, exceto Beyoncé. Depois, é claro, as duas fazem um número de dança. Gaga e Beyoncé, procuradas pela polícia, participam de uma perseguição em alta velocidade antes de, provavelmente, dirigirem direto para um precipício.

Com esse vídeo, Gaga fez Beyoncé parecer mais descolada ainda do que o casamento com Jay-Z; aqui está uma das estrelas do R&B mais irrepreensíveis do planeta interpretando a amante da condenada Gaga e também uma homicida maníaca. Além disso, Gaga é vista usando um par de óculos escuros feitos de cigarros acesos. Os óculos agora possuem sua própria página no Facebook.

Gaga também continuou se divertindo com os rumores sobre ela ser uma hermafrodita, que nunca desapareceram completamente: depois de despirem Gaga e jogá-la em uma cela, uma policial diz à outra: "Eu disse que ela não tinha um pau".

"É essencialmente uma visão dela", diz a figurante Alektra Blue, que trabalha como atriz pornô; Akerlund colocou um anúncio de contratação de elenco em uma companhia de entretenimento adulto chamada Wicked Pictures. "Ela basicamente codirigiu o clipe. Faz suas próprias regras; ela é rigorosa. Ela dizia Ok, quero fazer isso, e quero filmar isso, e podemos repetir? Porque não acho que eu tenha acertado. É inflexível quando o assunto é fazer a tomada ideal."

"As pessoas falavam", conta a atriz pornô Jessica Drake, outra figurante que participou da cena da prisão, "que [o conceito] era em grande parte dela, mas que Jonas estava criando a estrutura". Como Blue, Drake ficou perplexa diante da atenção que Gaga dava aos detalhes, permanecendo no estúdio para monitorar cada tomada, cada ajuste, e dar opiniões.

Ela sempre fez questão de estar no controle: durante uma entrevista de 2008 com um jornalista que prefere permanecer no anonimato, ela também deu palpites para a direção: "Não quero [parecer] excêntrica ou inteligente demais, Gaga disse. Tudo bem mencionar que "Fiz muita coisa, [mas] não quero algo como prodígio aos sete [anos de idade]".

"No estúdio", diz Drake, "ela tinha a maioria das coisas sob controle – não quero dizer que ela mandava…", ela faz uma pausa. "Ela era uma presença muito forte, mas sem ser autoritária ou uma diva. Investia tudo de si no vídeo. Ela faz as coisas quantas vezes for necessário. Tenta até doer."

Alektra lembra-se de Gaga ter pedido outra tomada para um close em que ela esquecera de usar um anel grosso – uma peça importante que reapareceria mais tarde, quando ela o abre e derrama o veneno na comida da lanchonete. (Uma referência à cena de "Bad Romance" em que ela mata o namorado da mesma forma.)

"Ela leva sua arte muito a sério", diz Alektra, acrescentando que ficou desapontada quando, devido a limites de tempo que não haviam sido previstos, Gaga não pôde fazer a cena em que apareceria nua no chuveiro da prisão. Até hoje, ela ainda não superou isso: "Eu estava tão excitada", diz.

Com "Telephone", Lady Gaga produziu algo muito bobo, mas, não obstante, profundamente controverso. O vídeo colocou em debate a viabilidade da mídia – o vídeo musical tem futuro, ou a obra de Gaga é uma exceção? – e também o fato de o clipe – com sua mistura de sexo, assassinato e propaganda despudorada – ser inteligente ou meramente obsceno.

UOL

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