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Massacre em balada gay é o tiroteio mais mortal da história dos Estados Unidos

Autoridades declararam estado de emergência para toda a cidade de Orlando

Por Campelo Sousa

12/06/2016 às 16h02

Alguns dos feridos estão em estado crítico e passando por cirurgias (Foto: Phelan M.Ebenhack/Associated Press/Estadão Conteúdo)

O número de mortos no ataque a tiros em uma balada gay em Orlando, na Flórida, na madrugada deste domingo (12) já faz do massacre o tiroteio mais mortal da história dos Estados Unidos — superando o massacre de 2007 na Universidade de Virginia Tech, que deixou 32 mortos.

Até o momento, foram confirmadas 50 vítimas no ataque — outras 53 estão hospitalizadas. De acordo com as autoridades, algumas estão em estado crítico e passando por cirurgias. Estima-se em 320 o número de pessoas dentro da casa noturna no momento em que os primeiros tiros foram efetuados.

O prefeito de Orlando, Buddy Dyer, declarou estado de emergência para toda a cidade, com o objetivo de “permitir que os agentes da lei se concentrem na investigação do tiroteio”.

— É uma tragédia de proporções inimagináveis. Meu coração está com as vítimas e suas famílias. Mas nós somos uma comunidade forte e resiliente.

Mais tarde, o estado de emergência foi extendido para todo o Estado da Flórida pelo governador da região.

A polícia norte-americana identificou o atirador como Omar Saddiqui Mateen, de 29 anos. Ele trabalhava como segurança particular na região da Flórida.

Presidente da Subcomissão da Câmara de contraterrorismo e inteligência dos EUA, Pete King afirmou que o atirador é natural do Afeganistão. No entanto, um porta-voz da polícia de Orlando afirmou que Mateen é cidadão americano.

Outras informações dão conta de que o homem teria “treinamento em armas”.

Um alto funcionário do FBI disse que havia indicações de que o atirador poderia ter ligações com militantes do grupo extremista Estado Islâmico — mas ressaltou que as investigações ainda estão em andamento.

O pai do atirador que matou pelo menos 50 pessoas e deixou 53 feridos em uma boate gay de Orlando (Flórida/EUA) afirmou à rede de TV NBC News que um episódio recente pode ter sido usado pelo filho, Omar Seddique Mateen, de 29 anos, para escolher o local do ataque terrorista.

De acordo com o chefe de polícia de Orlando, as autoridades responderam a um chamado de tiroteio na boate por volta das 2h da manhã no horário local. Tiros foram trocados com o suspeito, que entrou na casa noturna e tomou frequentadores como reféns.

“Havia sangue por toda a parte”, diz testemunha de tiroteio em boate gay

Segundo a polícia, por volta das 5h, foi tomada a decisão de entrar na boate e resgatar os reféns. Novamente foram trocados tiros com o suspeito, que morreu no local.

Um policial chegou a ser atingido no capacete, segundo informações divulgadas no Twitter da polícia de Orlando. Os feridos foram levados para os hospitais da cidade.

A tragédia aconteceu um dia depois da cantora Christina Grimmie ser assassinada em Orlando, enquanto assinava autógrafos para os fãs. A polícia descartou, por enquanto, relação entre os dois crimes.

R7

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