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Clínico geral de Cajazeiras diz que população não entende real função do Samu e afirma: ¨Estrangeiros não vão resolver o problema¨

O médico afirmou que o trote é um grande problema. ¨Só meu plantão aqui em Cajazeiras tivemos dez trotes¨

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09/07/2013 às 19h05

O clínico geral e médico do Samu de Cajazeiras, Kerly Casimiro cedeu entrevista nesta terça-feira (09) na TV Diário do Sertão. Na ocasião, o médico falou sobre as dificuldades que o Samu enfrenta diante da má informação da população que, segundo ele, atrapalha o serviço através de trotes ou de atendimentos sem urgência que não são função do Samu.

O médico falou ainda sobre as várias formas de atuar de um profissional da medicina e alegou que faz sua prioridade é o atendimento. “Estou para ajudar, não para aparecer. Vivemos em um mundo onde as pessoas tem necessidade de aparecer”, disse. 

Kerley falou ainda sobre a questão da entrada de médicos estrangeiros no Brasil. Ele afirmou que não tem nada contra os médicos estrangeiros, porém, disse que a sua entrada não deve ser feita da forma como a presidente Dilma Rousseff propôs. “A linguagem regional é muito forte. Como o médico vai entender quando o paciente disser que está com dor na cruz?”, indagou.

Profissão
O clínico geral disse que em sua experiência no Samu percebeu que o serviço não é acionado somente para graves acidentes ou atendimentos urgentes, para ele, o trote é um grande problema. “Só meu plantão de ontem aqui em Cajazeiras tivemos uns dez trotes”, disse.

O médico disse que muitas vezes, a população aciona o Samu contando uma realizada quando na verdade não é bem o que acontece. “Às vezes a pessoa teve somente uma queda de pressão ou precisa de uma medicação e isso não é função do Samu”, disse.

O médico falou sobre o infarto que é um dos maiores problemas atingindo a população de todas as idades. Kerley alertou para os possíveis sintomas e disse que é necessário estar muito atento ao problema.

Trajetória
Cajazeirense, Kerly contou que sempre morou e estudou até a adolescência na cidade. Após se formar médico na capital João Pessoa, seu primeiro emprego foi no estado de Pernambuco, no Hospital de Condado. “Foi uma escola para mim, lá aprendi a lidar com todos os tipos de caso”, disse.

A convites, Kerly veio trabalhar em Cajazeiras e iniciou também no Samu de Uiraúna. Atualmente, trabalha também na Clínica Bom Jesus na área de hemodiálise. Kerly se prepara para ser neurocirurgião.

Veja a entrevista completa:

DIÁRIO DO SERTÃO

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