Emocionado, cantor sousense fala dos pais, taxa Sousa de madrasta, elogia Cajazeiras e dá zero às Rádios Os cachês não são dignos
¨Eu queria que Sousa correspondesse com a mesma efervescência, do jeito que Cajazeiras têm comigo, o amor¨ Disse
O Programa Frente a Frente da TV Diário do Sertão, apresentado pelo jornalista Jackson Queiroga entrevistou nessa segunda-feira (19) o cantor, compositor e comunicador Judimar Dias. Na ocasião ele falou sobre sua infância no bairro da Estação em Sousa, suas lembranças e memórias dessa época, sempre com muita nostalgia.
Falou sobre seu início de carreira como músico, afirmando que faz parte de uma família de músicos onde vários membros desenvolvem esse mesmo dom de forma profissional já há muito tempo.Popular e carismático, conhecido em várias cidades da região, o sousense Judimar revelou que na infância queria mesmo era tocar bateria, sendo convencido pelo pai a escolher o violão, sendo esse instrumento, segundo ele o companheiro de todas as horas até hoje.
No Programa Frente a Frente ele participou do quadro “Que nota você dá” onde lhe foram propostos dez temas entre assuntos e nomes de personalidades ou pessoas do seu convívio. No quadro ele teria que dar dez ou zero ao que lhe era apresentado.
Notas dez
Como não podia ser diferente, de forma muito emocionada e sem conter o choro, Judimar deu nota dez aos seus pais já falecidos, relembrando momentos e afirmando que eles eram e serão sempre sua inspiração e exemplo. O seu pai pela honestidade e caráter e sua mãe pela doçura com o qual criou os filhos dando sempre bons exemplos. Logo após ele se deparou como envelope onde constava o nome de sua filha, Dandara
Dias, a emoção mais uma vez tomou conta do cantor que cobriu a filha de elogios e ganhou um abraço dela que acompanhava a entrevista no estúdio, quebrando o protocolo.
Outra paixão dele, que ele mesmo chamou de casamento, merecendo o seu dez foi com a banda Magnifícos que o revelou como compositor e o deu notoriedade. “É um casamento sem separação”, afirmou o cantor feliz com a parceria com abanda que já dura quase duas décadas.
Para a surpresa de muitos que creem que artista geralmente são avessos a política, Judimar deu dez a esse tema, enfatizando que sua aprovação se referia à boa política, aquela comprometida com a melhoria da sua cidade e do seu povo.
Notas zero
Sempre comedido e cuidadoso nas palavras, sem deixar sua autenticidade de lado, Judimar Dias fez algumas críticas, chegando até a dar conselhos na argumentação das suas notas zero.
No que diz respeito as cidades que não dão valor aos seus artistas ele incluiu a sua cidade natal, Sousa, nesse rol, afirmando que ainda falta muito para que não apenas ele mais com outros artistas locais. “Sousa deixa a desejar nesse quesito”, disse.
Ele afirmou não ser o povo que não reconhece e sim os empresários que contratantes de show. “Os cachês oferecidos não são dignos, são muito abaixo do que merecemos”, disse o cantor visivelmente contrariado. Em relação à Sousa ele completou: “É uma cidade que se torna madrasta nesse aspecto”.
“Eu queria que Sousa correspondesse com a mesma efervescência, do jeito que Cajazeiras têm comigo, o carinho, amor, aquela loucura que é recíproca a minha com Cajazeiras”, concluiu afirmando que na cidade vizinha tem uma recepção mais calorosa e carinhosa.
Concorrência entre as bandas de Sousa
Ele se mostrou contrário à concorrência entre grupos musicas da cidade afirmando que gerava inimizades e que não somava em nada para os artistas. Disse ainda que deveria haver mais união da classe, em todos os aspectos.
Segundo ele a desunião é tão grande que o mesmo já chegou a perder contrato por causa de um empresário do ramo de sonorização se negou a montar o som para um show de sua banda.
Rádios
Sobre emissoras que se negam a divulgar o trabalho de seus artistas locais ele deu nota zero e disse que em Sousa ainda existem rádios que agem assim.
Em tom de desabafo Judimar disse que chegaram a cobrar para ter musicas suas divulgadas, algo inconcebível segundo ele.
“Tem rádio aqui em Sousa que radicalmente não toca hora nenhuma musicas de artistas da cidade”, desabafou.
Ingratidão
Segundo ele esse era o tema, entre todos, que mais merecia um zero, como forma de desaprovação total. Judimar não poupou críticas aqueles que não tem a virtude da gratidão e não agradecem as pessoas ou situações que ajudaram a somar nas carreiras musicais, não enxergando no passado momentos de aprendizado. Nesse momento ele cita o nome de um artista sousense de sucesso hoje, o cantor Gilson Abrantes.
“Eu queria fazer uma crítica construtiva para ele dar uma corrigida, para ele lembrar da Banda Requebrança com muito carinho por que foi dali onde ele aprendeu muita coisa que ele faz atualmente na banda dele e as vezes noto ele falar muito pouco da trajetória dele com a Requebrança”, desabafou entristecido.
Ele não poupou elogios ao artista, mesmo depois do recado dado. “Acho ele um cara talentoso, um cara carismático que tem público, sabe se comunicar coma plateia, não tenho do que falar do artista Gilson, porém eu acho que só um toque pra ele lembrar da gente, do referencial a Banda”, concluiu.
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DIÁRIO DO SERTÃO
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