Governo do Estado da Paraíba inaugura mais uma serviço de saúde na cidade de Sousa

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) inaugura nesta quarta-feira (18), no município de Sousa, mais um Grupo de Autocuidado de Hanseníase. No ano passado, a Gerência Operacional de Vigilância Epidemiológica da SES registrou 648 novos casos da doença. Desse total, 44 foram em pessoas com menos de 15 anos de idade. A unidade de Sousa será a sétima do Estado. Os demais grupos estão distribuídos em João Pessoa (duas unidades), Campina Grande, Cabedelo, Cajazeiras e Patos.

De acordo com a gerência, 82% dos casos novos foram avaliados quanto ao grau de incapacidade – e 9,9% deles apresentaram grau 2 de incapacidade, ou seja, diagnóstico tardio da hanseníase. O diagnóstico, tratamento e acompanhamento da doença podem ser feitos nos Grupos de Autocuidado e também por qualquer uma das 1.231 equipes de Saúde da Família espalhadas pelo Estado. Os procedimentos podem ainda ser realizados no Hospital o Clementino Fraga, que é referência no tratamento da doença.

O Estado da Paraíba é pioneiro no tratamento da hanseníase. O tratamento da doença pode durar seis meses ou um ano, dependendo da quantidade de bacilos no paciente contaminado. Os três medicamentos utilizados no tratamento (rifampicina, dapsona e clofasimina) são oferecidos gratuitamente pelo Estado através do Centro Especializado de Dispensação de Medicamentos Excepcional (Cedmex).

Prioridade
A Paraíba teve três municípios selecionados como prioritários pelo Ministério da Saúde para receber recursos destinados ao combate à hanseníase: João Pessoa, Campina Grande e Cajazeiras. As três cidades foram indicadas pela Portaria 2.556, de 28 de outubro de 2011, e receberão recurso da ordem de R$ 270 mil. Para isso, terão que assinar o termo de compromisso e o plano de ações, conforme exigência do Ministério da Saúde.

Os recursos serão repassados de acordo com a densidade demográfica de cada cidade e com o número de casos registrados de cada doença. "É importante que todos estejam empenhados em elaborar seus planos e possam receber esse recurso extra, que é muito bem vindo para garantir a segurança da saúde da população”, destacou a gerente executiva de Vigilância em Saúde (Gevs), Júlia Vaz.

Requisitos
As cidades que receberão o recurso para reforçar as ações de combate à hanseníase foram selecionadas de acordo com cinco critérios:

Possuir coeficiente de detecção maior que 20 para cada 100 mil habitantes localizados nas áreas de maior risco conforme levantamento do Ministério da Saúde;

Estar fora da área de risco, mas ter registrado 50 casos novos em 2010, sendo cinco deles em pessoas com menos de 15 anos;

Ser capital de Estado, e localizar-se em regiões metropolitanas com 50 casos novos registrados em 2010, sendo cinco deles em pessoas com menos de 15 anos.

Da secom

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