VÍDEO: Em Cajazeiras, cupins elevam a altura de suas ‘casas’ dando sinal de que as chuvas estão vindo

Nos sertões brasileiros os moradores aprenderam com o passar dos tempos, através da observação dos fenômenos naturais do bioma da região, diversos comportamentos de plantas e animais que indicam mudanças climáticas que estão por vir. No caso do Sertão paraibano, um desses comportamentos é a mudança de local dos cupins.

De acordo com a observação do sertanejo, quando os cupins deixam o cupinzeiro de origem para fazer outro em local mais alto, é sinal de que as chuvas estão chegando. Essa pequena ‘migração de residência’ acontece para evitar que rios, riachos, córregos e enchentes destruam o cupinzeiro.

Padre Francivaldo Albuquerque conhece bastante esses fenômenos da natureza e tem percebido que na zona rural de Cajazeiras, mais precisamente na fazenda Javigor, os cupins estão elevando os cupinzeiros de altura.

Como ele mostra no vídeo acima, algumas colônias estão deixando o pé das cercas e construindo as ‘casas’ no topo. Outras que já haviam solidificado os cupinzeiros em galhos de árvores fizeram a mudança para as partes mais altas das árvores, prevendo assim, segundo o empirismo dos moradores, as enchentes dos rios.

Cientificamente é comprovado que a dispersão e fundação de novas colônias geralmente ocorre num determinado período do ano, coincidindo com o início da estação chuvosa.

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Pragas?

Os cupins são insetos eussociais (baratas sociais) e existe cerca de 2.800 espécies catalogadas no mundo. Eles são notórios pelos prejuízos econômicos que causam como pragas de madeira e de outros materiais celulósicos, ou ainda como pragas agrícolas, apesar de apenas cerca de 10% das espécies conhecidas de cupim possuir estas características.

A grande abundância de cupins nos ecossistemas, aliada à existência de diferentes simbiontes, confere a eles a possibilidade de desempenhar papéis como o de ‘super decompositores’ e auxiliares no balanço carbono-nitrogênio.

Previsão

De acordo com a Agência Executiva de Gestão das Águas da Paraíba (Aesa), a previsão climática para esta semana é de tempo instável e favorável à ocorrência de chuvas esparsas em algumas áreas do setor leste paraibano. A média de temperatura no Alto Sertão é máxima de 36º e mínima de 23º, com nebulosidade variável.

Redação DIÁRIO DO SERTÃO

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