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Mulher de 60 anos dá a luz à neta; filha não podia engravidar

O embrião foi concebido em laboratório a partir de um óvulo da filha e do sêmen do genro e implantado no útero da avó.

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29/09/2010 às 15h23

Uma mulher de 60 anos deu à luz sua própria neta nesta terça-feira (28) após ter oferecido seu útero para a gestação do embrião que sua filha não poderia conceber, informaram fontes médicas.

A criança, gestada a partir de inseminação artificial, nasceu com 2,3 kg e 45 cm após uma cesárea na Maternidade Sinhá Junqueira de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo.

A recém-nascida, que será batizada como Alicia, foi gestada no útero de Eunice Guerra, 60 anos, mas é filha biológica de Talita Andrade, 32 anos, e de seu marido, o vendedor de seguros italiano Guido Damiano.

A avó se ofereceu como "mãe de aluguel" devido ao fato de Talita ter passado por uma cirurgia na qual teve o útero retirado.

O embrião foi concebido em laboratório a partir de um óvulo da filha e do sêmen do genro e implantado no útero da avó.

Alicia nasceu após um tratamento de dois anos no qual Eunice foi submetida a três tentativas de implantação do embrião em seu útero. A primeira inseminação não teve êxito e na segunda foram gestados gêmeos, que não resistiram.

O bebê nasceu 15 dias antes da data prevista, após 36 semanas de gestação, por um pedido da avó, que marcou a cesárea para evitar as complicações de um parto de risco.

Os pais biológicos, que vivem na Itália, acompanharam as primeiras 33 semanas de gravidez pela internet e chegaram ao Brasil há um mês para esperar o nascimento da menina.

"Até agora não acredito. Em meu país não tinha escutado nada parecido", disse Damiano. "Só uma mãe se sacrifica assim por alguém. Ela me deu a vida duas vezes", afirmou Talita.

O caso não é inédito no Brasil, já que em maio de 2004 uma mulher de 53 anos deu à luz seu próprio neto após gestar o embrião concebido por seu filho e sua nora.

O primeiro caso foi assistido por médicos do Hospital Vila da Serra, em Belo Horizonte, e na época, por problemas legais, o bebê teve que ser registrado como filho da avó.

Os pais de Alicia, por sua vez, disseram ter feito todos os procedimentos para poderem ser registrados legalmente como os progenitores.

Da Agência EFE

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