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Clima no SBT é de tristeza e revolta, diz Carlos Alberto de Nóbrega

A fraude do banco PanAmericano também foi tema na coletiva de Íris Abravanel, esposa de Silvio Santos. Tenho fé e creio na misericórdia de Deus em todas as situações, disse Iris.

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18/11/2010 às 10h07

Em meio à crise financeira enfrentada pelo Grupo Silvio Santos, a esposa do célebre empresário e apresentador, Íris Abravanel, lançou um livro de crônicas na noite desta terça-feira em São Paulo. O título "Recados Disfarçados" reúne textos publicados por ela entre 1992 e 1995 em sua coluna na revista "Contigo!".

O evento –que não contou com a presença de Silvio Santos– reuniu familiares, amigos e funcionários do SBT. O humorista Carlos Alberto de Nóbrega (foto) e o apresentador Ratinho disseram que o clima na "TV Mais Feliz do Brasil" está "triste". "Todo mundo está revoltado com a punhalada que ele levou pelas costas", afirmou Carlos Alberto.

A fraude do banco PanAmericano também foi tema na coletiva de Íris. "Tenho fé e creio na misericórdia de Deus em todas as situações. Não podemos nos desesperar com as dificuldades.", comentou a escritora, que é evangélica.

ENTENDA O CASO
O Grupo Silvio Santos, o acionista principal do PanAmericano, anunciou que colocará R$ 2,5 bilhões no banco para cobrir um prejuízo causado por uma fraude contábil. Em seu comunicado oficial, a diretoria do banco menciona "inconsistências contábeis". O dinheiro virá de empréstimo do FGC (Fundo Garantidor de Créditos).

O BC descobriu que o PanAmericano vendeu carteiras de crédito para outras instituições financeiras, mas continuou contabilizando esses recursos como parte do seu patrimônio. O problema foi detectado há poucos meses e houve uma negociação para evitar a quebra da instituição, já que o rombo era bilionário.

A quebra só foi evitada após o Grupo Silvio Santos assumir integralmente a responsabilidade pelo problema e oferecer os seus bens para conseguir um empréstimo nesse valor junto ao FGC. Como o fundo é uma entidade privada, não houve utilização de recursos públicos. Além disso, a Caixa Econômica Federal, que também faz parte do bloco de controle, não terá de arcar com a perda.

A Polícia Federal informou que instaurou, nesta sexta-feira, inquérito policial para apurar a eventual prática de crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. O Ministério Público Federal informou que também vai investigar as transações do banco.

Da Folha Online

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