‘Deus me deu 2ª chance’, diz jornalista que sobreviveu a queda de avião
Rafael Henzel está com pneumonia, mas já respira normalmente.
“Deus me deu uma segunda chance e a gente vai comemorar muito”, disse o jornalista Rafael Henzel, um dos seis sobreviventes da queda do avião da Chapecoense na madrugada do dia 29 de novembro.
“Oi pessoal, bom dia a todo mundo. Estou com a voz assim porque estou há muito tempo sem usar. Dizer que tá tudo bem. Estamos avançando. Deus me deu uma segunda chance e a gente vai comemorar muito. Todos nós. Tudo vai ficar bem. Tavinho tá bem. Logo nós vamos para casa para curar todas as lesões. O importante é que estamos vivos aqui pronto para a próxima. Beijo para todo mundo”, falou, emocionado.
Em recuperação no hospital San Vicente Fundación, Henzel está com pneumonia, mas já respira normalmente.
A equipe médica afirmou que identificou a bactéria que causou a doença e o jornalista está com a medicação específica.
Bastidores antes do embarque
Na tarde de segunda-feira (28), Henzel publicou fotos dos jogadores dentro da aeronave, ainda em São Paulo, e um vídeo com o jogador Neto, que falou da emoção de participar da competição internacional.
Nas redes sociais, Henzel publicou, por volta das 16h, uma foto dos jogadores ainda se organizando dentro do avião. “Quase decolando.(…) Estamos com a Chape no voo para Medellín com escala na Bolívia em Santa Cruz de La Sierra”, escreveu.
Pouco antes, ainda no aeroporto de Garulhos (SP), ele publicou um vídeo em seu perfil no Facebook, uma entrevista com o jogador Neto, que também sobreviveu ao acidente.
O acidente
O voo que transportava a equipe da Chapecoense partiu na noite de segunda-feira de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia, em direção a Medellín. Em coletiva de imprensa, Julio César Varela, da Direção Geral de Aeronáutica Civil boliviana, disse que o avião decolou em “perfeitas condições”.
Segundo a imprensa local, a aeronave perdeu contato com a torre de controle às 22h15 (1h15 na hora de Brasília), entre as cidades de La Ceja e Abejorral, e caiu ao se aproximar do Aeroporto José Maria Córdova, em Rionegro, perto de Medellín, deixando 71 mortos, entre jogadores e delegação da Chapecoense, jornalistas e tripulantes.
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