Deputados usam dinheiro público para farra de viagens ao exterior
Os dados oficiais da Casa e em relatórios apresentados pelos parlamentares mostra que as missões oficiais, chegaram a 69 países dos cinco continentes
Um levantamento feito pelo jornal Folha de S. Paulo, apontou que, desde 2010, a Câmara dos Deputados bancou, com passagens aéreas e diárias, 1.283 viagens de deputados federais ao exterior. A média é de uma decolagem a cada dois dias.
Os dados oficiais da Casa e em relatórios apresentados pelos parlamentares mostra que as missões oficiais, chegaram a 69 países dos cinco continentes, com especial predileção por Estados Unidos, Suíça e França.
O grosso das justificativas defende o conhecimento in loco de realidades diversas, além do estreitamento de parcerias com governos, parlamentos e empresários de outros países –o que não raro inclui turismo ou atividades de duvidoso proveito legislativo.
Nelson Pellegrino (PT-BA), por exemplo, é um dos que mais receberam autorizações, 14 no total, para viagens ao exterior desde 2010. Quatro delas para a França, onde participou de encontros da área de defesa em Paris, Bordeaux, Cherbourg-Octeville, Lorient e Toulon.
Em maio, três deputados embarcaram para Nova York com o único objetivo de serem homenageados pela comunidade brasileira local.
Os campeões de viagens ao exterior são Jorge Tadeu Mudalen (DEM-SP) e Claudio Cajado (DEM-BA). O roteiro da dupla totaliza 21 países das Américas, Europa e Ásia.
Uma das mais opulentas viagens de deputados ao exterior foi encabeçada em 2015 pelo então presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), hoje preso. A comitiva levou 20 congressistas e pelo menos oito mulheres dos parlamentares a encontro na Rússia, mas o roteiro incluiu turismo em Israel, Paris e uma apresentação do “Lago dos Cisnes” no Bolshoi, em Moscou.
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