CNBB faz nota sobre caso de Dom Luiz Cappio
Ao tomar conhecimento, nesta terça-feira, 27 de novembro, da decisão de Dom Frei Luiz Flávio Cappio, OFM, bispo da diocese de Barra (BA), de retomar o “jejum e a oração” por causa do projeto de transposição do Rio São Francisco, a Presidência da CNBB reafirma o que já teve ocasião de expressar. Em relação à […]
Ao tomar conhecimento, nesta terça-feira, 27 de novembro, da decisão de Dom Frei Luiz Flávio Cappio, OFM, bispo da diocese de Barra (BA), de retomar o “jejum e a oração” por causa do projeto de transposição do Rio São Francisco, a Presidência da CNBB reafirma o que já teve ocasião de expressar.
Em relação à transposição, a CNBB considera que:
· o Estado tem a responsabilidade de garantir à população o acesso à água de boa qualidade, que é um direito humano e um bem público necessário aos seres humanos, aos animais e às plantas;
· é necessário dar continuidade a um amplo diálogo visando a soluções adequadas e considerando as alternativas apresentadas pelas forças sociais populares envolvidas no processo, para promover o desenvolvimento sustentável, a preservação do meio ambiente, a agricultura familiar e a convivência com o semi-árido;
· é preciso cuidar da revitalização do Rio São Francisco e do respeito ao direito à terra dos povos da região, particularmente indígenas, quilombolas, população ribeirinha.
Temos clareza que o tema da transposição do Rio São Francisco traz consigo muitas implicações, não havendo unanimidade nem mesmo na Igreja, o que julgamos perfeitamente compreensível.
Esperamos que o diálogo se estabeleça a fim de que a vida e a justiça prevaleçam sobre quaisquer outras razões.
Brasília, 27 de novembro de 2007
Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB
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