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Dá para captar o sinal da TV digital utilizando antena parabólica?

Desde o dia 2 de dezembro, as emissoras de televisão vêm aos poucos migrando suas programações e transmissões para o formato digital. O que ocorreu à época foi o início somente da chamada “transmissão terrestre” da televisão digital, em que o pacote de dados (áudio, vídeo, interatividade e dados do programa) é enviado diretamente do […]

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14/04/2008 às 20h14

Desde o dia 2 de dezembro, as emissoras de televisão vêm aos poucos migrando suas programações e transmissões para o formato digital.

O que ocorreu à época foi o início somente da chamada “transmissão terrestre” da televisão digital, em que o pacote de dados (áudio, vídeo, interatividade e dados do programa) é enviado diretamente do transmissor (a antena da emissora) para o receptor (a antena e conversor) na casa do usuário.

A novidade que aos poucos começa a ser implantada é a transmissão do sinal digital por satélite. Neste caso, o sinal sai do transmissor para um satélite, e este reflete o pacote de dados para as antenas parabólicas dos telespectadores.

A vantagem neste caso é que se pode ir além das atuais restrições de alcance da TV digital, hoje apenas incipiente em São Paulo, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Na teoria, parabólicas em qualquer região do Brasil podem receber sinal digital.

O que o espectador vai precisar é de um set-top box (conversor) específico para antena parabólica, com um demodulador interno diferente daquele usado para a transmissão terrestre.

No entanto esses conversores específicos para antena parabólica ainda não estão à venda no Brasil – espera-se que eles estejam disponíveis a partir de maio.

Das principais emissoras de TV do Brasil, as únicas que já fazem esse tipo de transmissão são Rede TV! e Band.

A Rede Globo ainda faz tetses com esta modalidade de transmissão, mas de uma maneira diferente. O sinal é enviado de forma codificada para o satélite e, em vez de ir direto para as casas dos espectadores, é enviado para as afiliadas da emissora. Estas decodificam o sinal e o retransmitem para as casas pelo modo “terrestre”.

E qual a diferença entre as duas formas? Band e Rede TV! têm uma programação unificada para todo o Brasil, ou seja, todos os brasileiros assistirão a mesma grade usando parabólica.

As afiliadas da Globo, por sua vez terão autonomia para regionalizar a programação, já que haverá esta retransmissão. Comerciais e programas locais poderão ser especificados.

Luciano Mendes, do Inatel, aponta um problema atual de uma eventual opção pela TV digital nas parabólicas. Hoje, quem quiser aderir, terá acesso a apenas esses poucos canais digitais, pois a programação analógica não irá pegar. Para assistir aos outros canais, será necessário retornar para o modo analógico.

Isso deve manter lenta a adoção da TV digital parabólica por enquanto, segundo Mendes. “Enquanto não houver uma solução única de todos os canais digitais, não haverá grande migração para a transmissão por satélite”, diz.

UOL

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