VÍDEO: Babalorixá Jackson de Iansã conta detalhes da sua vida pessoal e faz revelações polêmicas
Jackson falou que quanto foi embora para o Rio de Janeiro morou num casebre, com uma mendiga. Ele disse que quando melhorou de vida levou a senhora para morar com ele, onde ficou até o final de sua vida
O Interview Personalidades recebeu o Babalorixá Jackson Luiz Gonçalves Ricarte, que contou detalhes sobre sua vida, como a espiritualidade fez parte da sua trajetória e fez revelações polêmicas.
O Babalorixá Jackson de Iansã tem 71 anos, e contou como se iniciou em orixá e revelou que no início não gostava da religião africana.
“Era católico, fui criado aqui em Cajazeiras, estudei em colégio para padre. Tive um problema de saúde, aí tive que ir embora. Comecei a “fazer santo” com 12 anos, mas sem aceitação. Depois fui para o Rio, dei obrigação no Rio, tomei cargo com 19 anos, mas não gostava”, disse.
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Ele falou que após iniciar no Candomblé recebeu cargo porque diziam que ele tinha ‘um poder diferente’, mesmo ele não acreditando. Jackson afirma que sua fé é inabalável.
“Recebi o cargo porque seu Eric dizia que eu tinha um poder diferente. Apesar que até hoje eu busco esse poder e não me vejo com nenhum poder, nem ser grandioso, eu talvez seja diferente”.
Ele relembrou de quando chegou em Cajazeiras, aos 4 anos de idade, mas teve que ir embora ao 11, devido à relação difícil com os pais e de como a família, nem ele, entendiam as manifestações espirituais que passava, inclusive revela que foi chamado de louco. Falou também de quando foi figurantes em novelas.
“Eu fui figurante da Globo, fiz algumas novelas. Fiz algumas revistas, aquelas revistas de antigamente que vinha aquelas histórias, mas acho que não era minha praia. Vim para Cajazeiras para passar oito dias, para resolver um negócio de uma pessoa minha, desses oito dias estou aqui há 51 anos”, pontuou.
Jackson foi embora para o Rio de Janeiro muito jovem e fez grandes declarações do tempo que passou por lá, como quando fez seu primeiro programa, do qual não sabia que receberia dinheiro por aquilo.
“Eu era tão inocente que a primeira vez que eu saí no Rio para namorar com alguém uma pessoa me pagou uma quantia muito alta, no outro dia eu fui devolver pensando que tinha se enganado em ter me dado aquele dinheiro. A vida foi muito boa para mim, eu não posso me queixar de nada de minha vida”, afirmou.
“Na época, todo homossexual queria ir para Paris e Rio. Então, Rio de Janeiro era ‘portas abertas’, você poderia viver a vida que você quisesse viver, então foi isso que eu fui fazer no Rio. Saí de casa com 16 anos, cheguei no Rio, como se fosse hoje, com cinco reais na mão”, completou.
Jackson falou que quanto foi embora para o Rio de Janeiro morou num casebre, com uma mendiga. Ele disse que quando melhorou de vida levou a senhora para morar com ele, onde ficou até o final de sua vida.
Recém chegado na ‘Cidade Maravilhosa’, ele contou do primeiro emprego que teve e de como se tornou amante do gerente e depois do chefe.
“Fui garoto de programa dez anos, foi a melhor vida que eu tive, melhor do que a de hoje, ganhava muito dinheiro. Além de fazer o que eu gostava, ganhava muito dinheiro”, disse.
Durante a entrevista ele afirmou que só existiu um amor em sua vida.
“Eu vim amar a primeira vez em Cajazeiras, um homem chamado Fabiano, que todo mundo sabe, eu nunca neguei a ninguém. Apaixonado não, sou até hoje. Não deu certo nós dois, somos amigos, mas o meu amor por ele é além de Deus, não minto”, revelou.
Jackson revelou ainda que também foi garoto de programa em Cajazeiras e que saía com grandes nomes da sociedade cajazeirense. Falou sobre criticas, respeito, religião e a modernização do Candomblé.
“Eu não acho isso bom porque a essência está sendo perdida. Hoje em dia, 99% dos Babalorixás e Ialorixás olha muito a roupa que você vai vestir no dia da festa, faz uma economia, compra o bicho[animal] de vinte contos e cabra de 120, que são as cabritinhas, para poder na festa estar com roupa chiquérrima, e eu não gosto disso, não admito isso”, pontuou.
O Babalorixá Jackson de Iansã falou dos trabalhos de magia feitos para políticos de Cajazeiras e do Brasil; elogiou, in memoriam, Epitácio Leite Rolim e Chico Rolim, mas garantiu que não trabalharia mais para políticos, nem por dez milhões de dólares.
Falou ainda da sua paixão pela cantora Maria Betânia, da sua fama de ser ‘pai de santo dos ricos’, as previsões feitas na cidade, da sua amizade com Jane, filha de Íracles Pires, e que seu hobby preferido é ficar sozinho.
Em relação aos sonhos, ele afirma que já viveu tudo que queria, que se considera uma pessoa comum, que nunca foi esnobe e que tem muitas história que criaram sobre ele que não são verdade.
DIÁRIO DO SERTÃO
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