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VÍDEO: Enfermeira relata drama nos hospitais de Manaus com o aumento de casos de pacientes com Covid-19

De acordo com a enfermeira, os paciente infectados estão desenvolvendo os sintomas da Covid-19 com muita velocidade e o quadro também se agrava de forma mais rápida.

Por Juliana Santos

15/01/2021 às 19h18

A cidade de Manaus, capital do estado do Amazonas está em colapso com o avanço dos casos de Covid-19. De acordo com as autoridades municipais os números de internações e os enterros bateram recordes e as unidades de saúde ficaram sem oxigênio.

O governo do Amazonas informou nesta sexta-feira (15), que 235 pacientes com Covid-19 serão transferidos para sete estados e para o Distrito Federal. De imediato foram disponibilizados 149 leitos: 40 em São Luís (MA); 30 em Teresina (PI); 15 em João Pessoa (PB); 10 em Natal (RN); 20 em Goiânia (GO); 04 em Fortaleza (CE); 10 em Recife (PE) e 20 no Distrito Federal. O transporte será feito em parceria com o Ministério da Defesa por duas aeronaves da Força Aérea Brasileira com capacidade de 25 pacientes deitados em macas.

A enfermeira, Jaqueline Melo, trabalha em um dos hospitais da cidade de Manaus foi entrevistada ao vivo durante o programa Balanço Diário da TV Diário do Sertão, nesta sexta-feira (15), e relatou o drama dos profissionais de saúde.

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De acordo com enfermeira, nenhum unidade hospitalar estava preparada para atender a grande demanda de paciente infectados pela coronavírus, e relatou falta de insumos e de profissionais.

Outra questão levantada por ela foi que a população não obedecia os decretos de fechamento de comércio e proibição de festas. “Ainda assim com esse cenário as pessoas estão fazendo festas clandestinas e acaba que os hospitais não estão dando conta da demanda”, disse a enfermeira.

Festas clandestinas estavam ocorrendo em Manaus, disse a enfermeira. (Foto: Arte / Divulgação MPPB)

Ainda de acordo Jaqueline, os pacientes infectados estão desenvolvendo os sintomas da Covid-19 com mais velocidade e o quadro se agrava de forma mais rápida. “Antes um paciente demorar oito dias para a presentar os sintomas, hoje em dois três dias já descompensa, tem pacientes que perdemos em três dias de internação”, relatou.

A faixa etária de pacientes com sintomas graves, também mudou, de acordo com a profissional. “Antes eram pacientes com mais de 60 anos com doenças pré-existentes, agora jovens estão entubados e muitos morreram”, disse Jaqueline.

Apelo

Em uma mensagem divulgada nas redes sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), o arcebispo metropolitano de Manaus Dom Leonardo Steiner fez um apelo e pede que as autoridades providenciem oxigênio para os pacientes que estão internados nos hospitais. “Nós bispos do Amazonas e Roraima fazemos um apelo, pelo amor de Deus nos envie oxigênio, providenciem oxigênio, as pessoas não podem continuar a morrendo por falta de leitos e oxigênio nas UTI”, pediu o religioso.

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