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VÍDEO: Cajazeirense Raimundo Lira recorda atuação na comissão do impeachment de Dilma: “Máxima imparcialidade”

O então senador do MDB foi escolhido pelos líderes de partidos para presidir a Comissão Especial do Impeachment. Ele se orgulha de ter cumprido de forma rigorosa o cronograma e de ter vencido no STF todos os recursos contra suas decisões

Por Luis Fernando Mifô

13/05/2024 às 18h50

No dia 17 de abril de 2016, 367 deputados federais votaram “sim” e decidiram que o processo de impeachment contra a então presidenta Dilma Rousseff (PT) deveria ser instaurado pela Câmara dos Deputados. O final da história todos já conhecem. Em 31 de agosto de 2016, Dilma foi afastada do cargo de presidente da República após três meses de tramitação do processo no Senado, que culminou com uma votação em plenário resultando em 61 votos a favor e 20 contra.

Antes da votação no Senado, a denúncia recebida da Câmara precisou passar pela avaliação de uma comissão especial. É aqui que entra a participação decisiva de um paraibano natural da cidade de Cajazeiras, no Sertão do estado. O então senador Raimundo Lira, do MDB (que na época ainda era PMDB), foi escolhido pelos líderes de partidos para presidir a Comissão Especial do Impeachment.

Em entrevista para a série “Brasília em Destaque”, realizada por um conglomerado de imprensa do Sertão e de João Pessoa sob o comando da TV e Rede Diário do Sertão e da MaisTV, Raimundo Lira relembrou sua atuação à frente de um dos processos mais polêmicos da história política recente do Brasil. Ele se orgulha de ter cumprido de forma rigorosa o cronograma traçado para a primeira etapa dos trabalhos da comissão – nove dias úteis ou onze dias seguidos – e de ter vencido no Supremo Tribunal Federal (STF) todos os recursos contra suas decisões.

Ex-senador cajazeirense Raimundo Lira (Foto: Petson Santos/Diário do Sertão)

Lira garante que teve uma postura imparcial durante os trabalhos, embora fosse do partido do então vice-presidente Michel Temer, que assumiria o poder com a cassação de Dilma. Ele conta que foi indicado pelo deputado Eunício Oliveira (MDB) porque era “o único senador que se relacionava com todas as bancadas”.

“A resposta a todas as questões eu dava na hora, sempre por escrito. Tanto é que durante a comissão, teve 26 recursos contra as minhas decisões ao Supremo Tribunal Federal e eu ganhei os 26, porque eu agia com máxima imparcialidade possível”, disse o ex-senador.

Raimundo Lira afirma que ao assumir a Comissão Especial do Impeachment, o cenário era de 15 membros do governo e 5 da oposição, mas ele não permitiu que a minoria fosse “massacrada” durante sua presidência.

“Os cinco membros da oposição, mais os seus suplentes, tiveram todas as condições na minha gestão. Tanto é que quando eu terminei no dia que eu tinha dito que ia terminar a comissão, no Plenário do Senado Federal eu tive 37 manifestações de elogios e apoio à minha atuação política.”

Ex-presidenta Dilma Rousseff (Crédito: Agência Senado)

Inocentada

Em agosto de 2023, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) manteve, por unanimidade, a decisão que arquivou a Ação de Improbidade Administrativa que investigava as supostas “pedaladas fiscais” atribuídas a ex-presidenta Dilma Rousseff, ao ex-ministro da Fazenda Guido Mantega e ao ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho.

A 10ª Turma do TRF julgou uma apelação do Ministério Público Federal (MPF) contra decisão de primeira instância que, no ano passado, arquivou a ação contra os acusados. Por 3 votos a 0, a turma manteve o arquivamento por falta de fundamentação das acusações.

ASSISTA A ENTREVISTA COMPLETA COM O EX-SENADOR RAIMUNDO LIRA – GRAVADA EM ABRIL DE 2023

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