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Adjamilton Pereira

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Um debate pertinente

02/03/2011 às 08h11

“Que todas as pessoas de boa vontade olhem para a natureza e percebam como as mãos humanas estão contribuindo para o fenômeno do aquecimento global e as mudanças climáticas, com sérias ameaças para a vida em geral, e a vida humana em especial, sobretudo a dos mais pobres e vulneráveis”. Este é o enfoque principal da Campanha da Fraternidade 2011 que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lança na Quarta Feira de Cinzas e, como nas edições anteriores, se propõe a ser um momento não apenas para católicos, mas para todos aqueles que, movidos pelo sentimento de humanidade, reflitam sobre temáticas que afetam a vida em suas múltiplas dimensões.

Tendo como tema “Fraternidade e a vida no planeta” e como lema “A criação geme em dores de parto”, a Campanha da Fraternidade 2011 traz um vasto arsenal de subsídios para a discussão sobre as causas e consequencias do aquecimento global que, a revelia das contradições e incoerências de estudiosos e cientistas sobre sua amplitude, dimensão e extensão, é uma realidade que, a cada dia, vem provocando mudanças significativas no clima da terra, como enchentes avassaladoras, secas prolongadas, derretimento de geleiras, aumento da temperatura da terra. Efeitos que, como adverte a CNBB, têm consequencias mais danosas para as populações mais pobres e vulneráveis do planeta.

A Campanha da Fraternidade redunda, portanto, num oportuno momento para a reflexão sobre um contexto que se apresenta como preocupante na contemporaneidade. Sem qualquer ranço de pieguice, e com a seriedade que sua história credencia, a CNBB propõe, como preocupação central do debate, a contribuição “para a conscientização das comunidades cristãs e pessoas de boa vontade sobre a gravidade do aquecimento global e das mudanças climáticas, e motivá-las a participar dos debates e ações que visem enfrentar o problema e preservar as condições de vida no planeta”.

A pretensão da CNBB não é a de executar políticas que minimizem os efeitos do aquecimento global. Estaria penetrando em outra seara. Mas, como define o Texto-Base, a discussão que se desenvolverá a partir da Campanha da Fraternidade situa-se como uma estratégia para “mobilizar pessoas, comunidades, igrejas, religiões e sociedade para assumirem o protagonismo na construção de alternativas para a superação dos problemas socioambientais decorrentes do aquecimento global”. Uma evocação que envolve a todos, indistintamente de credo, posição social, formação intelectual. Todos, sem exceção, sofrem e sofrerão os efeitos do aquecimento global. A diferença reside nas condições de enfrentamento do problema, que sofre variações por motivação econômica, social, cultural, étnica e, até mesmo, religiosa.

O momento, portanto, é fecundo e, no clima do debate atiçado pela CNBB, a esperança é que sementes frutifiquem e se convertam em “atitudes, comportamentos e práticas fundamentados em valores que tenham a vida como referência no relacionamento com o meio ambiente”.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Adjamilton Pereira

Adjamilton Pereira

Adjamilton Pereira é Jornalista e Advogado, natural de Cajazeiras, com passagens pelos Jornais O Norte e Correio da Paraíba, também com atuação marcante no rádio, onde por mais de cinco anos, apresentou o Programa Boca Quente, da Difusora Rádio Cajazeiras, além de ter exercido a função de Secretário de Comunicação da Prefeitura de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Adjamilton Pereira é Jornalista e Advogado, natural de Cajazeiras, com passagens pelos Jornais O Norte e Correio da Paraíba, também com atuação marcante no rádio, onde por mais de cinco anos, apresentou o Programa Boca Quente, da Difusora Rádio Cajazeiras, além de ter exercido a função de Secretário de Comunicação da Prefeitura de Cajazeiras.

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