Seca e aperto
Em meio ao momento de crise econômica que o país enfrenta cujos efeitos têm refletido negativamente no bolso do consumidor, a população do semiárido nordestino tem uma razão a mais para se preocupar muito e reclamar ações em favor da região: a longa estiagem, que se arrasta há mais de três anos, a maior das últimas quatro décadas, e que tem causado enormes transtornos aos sertanejos.
Neste início de ano, além da falta de chuvas, que causa grande inquietação na região, a população sofre muito com o chamado aperto econômico do governo, que tem desencadeado uma onda de aumento nos preços dos combustíveis, da energia e de vários outros produtos e serviços. E agora, mais recentemente, o aumento na conta da água na Paraíba. Até a água fornecida pela Cagepa, que já está faltando nas torneiras de várias cidades, também fica mais cara a partir de agora.
O pior é que esse drama aumenta a cada dia com a possibilidade de mais um ano de seca e com a água ficando cada vez mais difícil. A Paraíba, por exemplo, conta com apenas 16% de sua reserva hídrica, e vários reservatórios que abastecem as cidades estão secando, porque não há recarga suficiente.
Em Cajazeiras, a população já teme um colapso no abastecimento, porque o açude Engenheiro Avidos está com apenas 10% de sua capacidade. Se não houver recarga, o nosso reservatório só tem água para mais ou menos três meses de abastecimento da cidade.
O problema da falta de água para o consumo humano é tão grave que os outros efeitos da seca foram esquecidos. Por exemplo, ninguém nem fala mais na produção agrícola e nem na pecuária, principais fontes de renda da região do interior nordestino. Nos últimos três anos, boa parte do rebanho foi dizimada.
Pois bem, diante desse quadro, reclama-se muito um programa de políticas públicas mais eficazes para convivência com os problemas, principalmente no que diz respeito ao abastecimento de água. Mas, o que tem surgido mesmo, ultimamente, é aumento da gasolina, energia e água, além de muitos produtos consumidos pela população. E é por isso, que os protestos já começam a surgir no Estado e em várias cidades brasileiras.
Ambulantes insatisfeitos
Comerciantes ambulantes instalados nas calçadas e ruas centrais de Cajazeiras continuam reclamando muito da situação de incerteza em que estão vivendo. Eles têm prazo até o final deste mês para deixarem seus locais, mas a administração municipal ainda não preparou o novo local para se instalarem, conforme foi combinado. Enquanto isso, eles terão que se acomodar, provisoriamente, na Rua Padre José Tomaz (lateral do Cemitério Coração de Maria). Esse é um problema que, lamentavelmente, vem se arrastando há vários anos, sendo adiado pelas gestões. Agora, terá de ser resolvido, e a atual gestão precisa agir com mais rapidez para viabilizar a solução que prometeu.
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