Reféns da pobreza ou tirá-los da miséria
Foi matéria da última edição do Gazeta que o programa Bolsa Família injeta todos os meses quase dois milhões de reais no comércio de Cajazeiras e que são 8.120 famílias atendidas. Os números voltam a impressionar e fico imaginando, se levarmos em conta que estes números refletem a realidade (no Brasil, sempre ficamos com alguma dúvida quando se trata dos números oficiais), a quase totalidade das famílias de Cajazeiras vivem na linha de miséria.
O programa atinge as famílias que se enquadram na pobreza ou pobreza extrema. Pobreza se enquadra as famílias que cada membro da casa recebe até R$89,00, e pobreza extrema quando cada membro recebe de R$89,01 a R$178,00.
Vale ressaltar que quem tem carteira assinada pode receber Bolsa Família, desde que a renda per capita não ultrapasse R$170,00. Quando o valor da renda não excede meio salário mínimo por pessoa, o pagamento do benefício continua por até dois anos, pela regra de permanência. Existem outras regras e normas para o ingresso e reingresso ao programa.
Mas, o que realidade eu vejo e sinto é que a Região Nordeste, infelizmente, está vivendo refém deste famigerado programa e dificilmente vai conseguir, em um prazo médio, se desvencilhar desta situação de miséria e tristeza. Hoje, eu diria que não temos uma resposta adequada para os desafios econômicos e sociais do Brasil – que são agudos por causa dessa monumental recessão, o que torna ainda maior o fosso entre os que já têm tudo e os que nada têm, além de termos um desemprego muito alto, um grau elevado de desalento, desesperança, frustração e desesperança.
Mas nem tudo está perdido. Estamos às portas de um novo governo. É inegável ser importante para o governo que se inicia em 2019, novas idéias, novas mentes, novos gestores, o que nos leva a crer e ter esperança.
É dito por quem entende que a corrupção é um dos males maior e a causa principal de tanta miséria e nós que vivemos por aqui, aonde o vento faz a curva e deixa num canto de parede o lixo, temos sido os mais prejudicados, pois as “garras da lei” pouco ou quase nada têm alcançado nos porões inomináveis da corrupção e do desvio das reais finalidades do dinheiro que pertence ao povo.
A esperança ainda não morreu: neste país aonde se prendia apenas ladrão de galinha, hoje estão condenados e presos muitos figurões da República e empresários considerados os mais ricos do país. Um juiz federal, a custa de muito suor e com destemida coragem fez ver a todos que o Brasil tem jeito e pode ser orgulho para todos nós e com suas ações, Moro, acumulou um imenso respeito e prestígio.
Como disse o presidente eleito, Jair Bolsonaro, o juiz Moro pescava os corruptos com um anzol numa vara, agora ele terá uma rede de arrasto para puxá-los em maior quantidade, ao anunciá-lo como futuro ministro da Justiça e da Segurança. A maioria do povo brasileiro renova a esperança de que o combate a corrupção possa, ao ser ampliado, alcançar também os grotões nordestinos, aonde permeia e campeia, por incrível que pareça, as mais diversas fórmulas de desvios de dinheiro do povo.
Estou com muita esperança que poderemos sair do cativeiro e ganhar a liberdade. Refém da pobreza e da miséria, nunca mais.
Chico Emídio
Meu sogro, Chico Emídio, está completando hoje, dia 15 de novembro, 90 anos de vida, data que tem um significado todo especial para mim e demais amigos e familiares. Lúcido, boa e inteligente conversa. É sempre muito prazeroso ouvi-lo. Tem uma memória de fazer inveja e amplo conhecimento de História, em especial, do Rio Grande do Norte. Gosta de política e economia. Tenho e nutro por ele uma profunda admiração e respeito e ao longo de mais de 50 anos de convivência pude aprender com ele muitas e belas lições de vida. Quando meu pai morreu, em 2002, disse pra ele que iria ficar no lugar dele e desde então isto vem acontecendo e só tenho a agradecer a Deus por tê-lo entre nós e rogar a Nossa Senhora da Conceição, sua madrinha de batismo, muita saúde, paz, benção e felicidade. Agradeço ainda por ter me presenteado, em 1971, sua predileta filha Antonieta, como minha eterna companheira de lutas e jornadas, de amores e encantos, de paz e felicidade e que meu deu quatro belos e amados filhos.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.
Deixe seu comentário