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Reudesman Lopes Ferreira

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Quase deu

31/07/2020 às 10h28

Coluna de Reudesman Lopes

Sem choro! Vamos levantar a cabeça, sacudir a poeira e dá a volta por cima. Assim começo a falar sobre a eliminação do nosso amado Atlético Cajazeirense de Desportos que liderou o campeonato paraibano até a última rodada, mas, pelo que é o futebol, acabou eliminado. Começo dizendo que fizemos uma temporada que muito honrou a tradição atleticana, não faltou determinação dos dirigentes, tendo à frente os Lira, a eles devemos nós, atleticanos, cajazeirenses e cajazeirados, prestar todas as nossas homenagens, fizeram o possível e o impossível para que tivéssemos uma equipe de respeito e digna da grandeza do povo da terra do Padre Rolim. Quando falo em uma boa temporada, e foi, não deixo escapar o meu pensar sobre o nosso time, desde o primeiro jogo que o vi jogar, sinceramente e honestamente, não esperava muita coisa do nosso Trovão Azul, na minha modesta maneira de enxergar o futebol e, tendo vivenciado muitas participações do Mais Querido do Sertão, achei-o muito longe da minha exigência atleticana. Mas, aquele era o time e teria que ser com ele que nós teríamos que lutar no paraibano, portanto, é dever de todos nós apoiarmos o clube em todos os seus momentos, pois, como sabemos, futebol não é fácil de se fazer, este esporte é muito caro e, principalmente sem termos grandes empresas a financiá-lo. Portanto, a minha avaliação é que fomos muito longe, mesmo com um time que não o considerava tão forte, em campo os meninos se desdobraram, valente, as vitórias foram se somando e lideramos a competição até a última rodada quando fomos eliminados. O futebol tem dessas coisas e por isso que ele é tão emocionante e apaixonante, mas, nada de “choro”, a analise que temos que fazer é que estávamos em um grupo que nos acompanhavam o Botafogo de João Pessoa e o Treze de Campina Grande consideradas duas equipes de ponta do nosso futebol com poder de investimentos dezenas de vezes maior que o nosso. Quase deu. E não deu porque perdemos pontos para o São Paulo Crystal e o CSP jogando em Cajazeiras, esses pontos o futebol não nos perdoou. Bola para frente, pois, já já vamos ter o Brasileiro da Série D que é uma competição nacional e que as dificuldades serão muito superiores a que vimos no campeonato paraibano. Sim, preciso cobrar, um atacante pelo menos e urgente um camisa 10, aquele homem que possa ser o maestro, que, aliás, vem faltando a tantas temporadas dentro do nosso 11 atleticano. Hora de levantar a cabeça, dar a volta por cima e sacudir a poeira. O Atlético somos todos nós.

O FUTEBOL DE CAJAZEIRAS NA LINHA DO TEMPO
Em 1963, a Liga Cajazeirense de Desportos realiza o primeiro campeonato juvenil de Cajazeiras. Naquele momento tínhamos aqui na terra do Padre Rolim um futebol amador de grande destaque no cenário futebolístico do alto sertão nordestino, equipes muito técnicas, jogadores de qualidade que eram objetos de desejos de outras equipes de vários estados do nordeste. O futebol juvenil objetivava a prática pelos jovens desta localidade e a LCD sabia que muitos destes meninos seriam logo aproveitados pelos grandes clubes da cidade. No futebol juvenil cajazeirense podemos destacar o São Paulo de Airton Elói, o Vasco de Adelson, o Vasco de Haroldo Cartaxo, entre outros. Vale lembrar que os jogos do campeonato juvenil eram disputados domingo, na parte da manhã.

MEMÓRIA DO FUTEBOL CAJAZEIRENSE
O futebol juvenil cajazeirense revelou grandes jogadores e, vamos relembrar aqui: o Flamengo de José Gonçalves – Tidinha, Zé de Melo, Rosálio, Bombilha. O São Paulo de Airton Elói – Bartol, seu Paulo, Toinho de Juarez. O Vasco de Adelson – Beré, Genival e Bil. O Vasco de Haroldo – Francinaldo e Blu. Usina Santa Cecília de Domingos – Altamir, Nenem Mãozinha, Eriberto, Fernando Frade, Evandro. Alguns nomes de destaques: Wilton Moreno revelado no América e posteriormente no Caranguejo; Darlan que nasceu para o futebol no SAAD. Perpétuo que o consideramos como o maior craque do futebol de Cajazeiras foi revelado pelo Vasco de Edson Feitosa.

BOLA DENTRO
Para a presidenta da Federação Paraibana de Futebol que pela sua competência e comprometimento está vendo, com sucesso, o Campeonato Paraibano 2020 chegar ao seu final. Merece a NOTA 10!

BOLA FORA
Para o CSP que chega pela primeira vez a descer para a segunda divisão do futebol paraibano. Para mim foi a surpresa negativa nesta reta final do campeonato. NOTA 0!


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Reudesman Lopes Ferreira

Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

Reudesman Lopes Ferreira

Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

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