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José Antonio

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Processo sucessório municipal: primeiro ato

09/08/2019 às 07h31

Coluna de José Antônio

Por incrível que pareça, em Cajazeiras, o processo sucessório municipal já está instalado, mesmo faltando mais de um ano para as eleições.

Daqui até que sejam ratificados os nomes dos candidatos a prefeito de Cajazeiras e quem se aglutina em torno de qual nome, ainda vão rolar muitas noticias na imprensa e nos bastidores e até o ato final, quando as cortinas se fecharem só o aplauso da plateia é que vai definir qual foi o melhor ator.

Nomes definidos? Até o momento nenhum, embora no grupo da situação tem-se como certo o do atual prefeito, médico José Aldemir, que poderá concorrer à reeleição. Nas oposições, o governador João Azevedo tem afirmado que a dificuldade é escolher um nome que una os grupos, mas nomes têm de sobra. Observam-se alguns focos de resistência a determinados nomes já postos e são visíveis e com ranços e resquícios de possíveis falsidades que existiram nas últimas eleições.

Recompor os quadros à luz do passado, nos moldes da última eleição para prefeito, talvez seja impossível. Existem defecções de um lado e do outro. Panorama de fidelidade de antigos aliados, baseado na composição de 2016, em face de tantos problemas ocorridos ao longo dos últimos anos, é impensável. Mágoas profundas ainda não foram curadas e várias feridas continuam abertas e até sem perspectiva de serem fechadas.

Nos últimos dias o deputado estadual Jeová Campos (PSB), continua defendendo o nome do vereador Marcos Barros (PSB) como seu candidato, muito embora reconheça a existência de dificuldades neste encaminhamento, mas por outro lado teria o total apoio do ex-governador Ricardo Coutinho, com quem Jeová e Marcos continuam tendo como grande amigo e conselheiro.

O governador João Azevedo tem razão quando diz que a dificuldade das oposições de Cajazeiras é na escolha dos nomes, porque até o momento já existem pelo menos cinco pré-candidatos: Dra. Denise, Júnior Araújo, Carlos Filho, Marcos Barros e correndo pelas laterais o empresário Chico Mendes, que já externou um desejo imenso de ser o candidato e que seria o nome capaz de quebrar as resistências do deputado estadual Jeová Campos em voltar aos palanques ao lado de Júnior Araújo e Carlos Antonio.

Nas últimas semanas quem tem ganhado uma visibilidade maior é o jovem médico Carlos Filho, em cujas veias correm o sangue efervescente de seus pais: Carlos Antonio e Dra. Denise, ambos prefeitos de Cajazeiras, onde estiveram a frente da edilidade cajazeirense por 12 anos e um primo que foi eleito deputado estadual, Júnior Araújo, que pode muito bem ajudá-lo não somente via assembleia, mas já que é aliado do governo, fortalecer ainda mais toda esta estrutura.

Carlos Filho tem ainda a seu favor uma estrutura na área de saúde muito forte, além do Hospital Regional tem uma clínica e laboratório que pertencem à sua família, que juntos formam, o que se costuma dizer, uma máquina de fazer votos.

Por outro lado, o prefeito José Aldemir sonha com a adesão do deputado estadual Jeová Campos para o seu projeto de reeleição. Não é necessário dizer o quanto é importante ter a prefeitura nas mãos, o que favorece sem dúvidas qualquer candidato. Com a vinda de Jeová, por osmose traria também Chico Mendes, que como empresário tem um grande número de empregados e admiradores, o que sem dúvida, fortaleceria a candidatura da situação.

Zé Aldemir, sem dúvida, terá o apoio da sua esposa, Dra. Paula, deputada estadual, embora na oposição ao governo do estado, tem feito voos com destino a Brasília e ao lado de Aguinaldo Ribeiro vem conquistando recursos e obras para Cajazeiras. Devemos lembrar que é chegada a hora do deputado arregaçar as mangas e vir retribuir o número de votos que tirou em Cajazeiras com a ajuda dela e do prefeito Zé Aldemir.

Zé Aldemir deve ter a consciência que nas eleições passadas era dono do estilingue e não teve uma vidraça que ele não quebrasse, hoje a situação se reverte: passou a ser a vitrine. Tem outro aspecto: antes se apresentou como um candidato liso e sem recursos, mas na próxima o eleitor o vê como dono do cofre que teria mais dinheiro: a prefeitura. Aí a situação se inverte. O prefeito sabe que quem é donatário do poder o desgaste é natural, diante de muitos “nãos” que tem dar aos inúmeros pedidos que caem sobre sua mesa. Teria como aumentar a sua popularidade se o governo federal, diante do que fala o presidente Jair Bolsonaro: “menos Brasília, mais Brasil”, resolvesse mesmo “despejar” recursos para os municípios não só para obras, mas principalmente para o setor de saúde, lhe daria um fôlego muito grande, o que poderia pavimentar, sem dúvida, seu retorno a prefeitura por mais quatro anos.

Mas todas estas hipóteses dependem exclusivamente do povo, que é sábio em suas decisões, principalmente quando se trata da escolha de seu prefeito.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

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