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Reudesman Lopes Ferreira

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Para: Michelle Ramalho / Remetente: Reudesman Lopes

16/11/2018 às 12h55

Permita-me uma rápida autoapresentação de quem sonha em vê-la como uma pessoa que pode transformar o ontem futebol paraibano “corrupto” em um futebol “limpo e sério”. Pois bem, sou um cajazeirense, professor de Educação Física, com uma vasta militância no futebol amador e profissional desta cidade de Cajazeiras, cronista esportivo e, acima disso, um amante do futebol em todas as suas dimensões: amador e profissional. Começo afirmando-lhe que como um homem de muita fé em Deus e nas pessoas do bem, acredito e faço coro com todos aqueles que entendem, ser você uma mulher capaz de mudar a “cara” do nosso futebol e, tanto no amadorismo como no profissionalismo. Décadas passadas, coube a Juracy e depois a Rosilene Gomes o processo de interiorização do futebol paraibano e o fizeram de forma brilhante, tanto assim que hoje temos o Atlético Cajazeirense de Desportos desta nossa amada Cajazeiras e o Sousa Esporte Clube da vizinha cidade de Sousa, integrantes e com participações fenomenais não apenas nas disputas do campeonato paraibano da primeira divisão, mais, e sim, em competições nacionais a exemplo de Copa do Brasil e campeonatos brasileiros das Série C e D. Faz muito tempo, se a memória não me falha, início dos anos 80, que a Federação Paraibana de Futebol não produz, absolutamente nada, quando o assunto é o futebol amador aqui no alto sertão paraibano e, quando falo em produção, quero dizer organização, e organização de competições que possa traduzir o simbolismo da essência do futebol amador. A história nos remete ao ano de 1938 quando a seleção amador de futebol de Cajazeiras tornou-se campeã da Copa Integração que naquela oportunidade fora dirigida pelo Governo Argemiro Figueiredo. Passaram-se anos, até que em 1969 o então presidente da Federação Paraibana de Futebol, Genival Leal de Menezes, organizou o Torneio Matutão com equipes amadoras de cidades interioranas do Estado da Paraíba. Em 1980, Juracy Pedro Gomes fez organizar o Campeonato Sertanejão e nomeou o desportista José Bezerra Gomes, Louro, como Delegado da Federação Paraibana de Futebol para o sertão paraibano e foi este que dirigiu, com competência essa competição. Em 1991, foi a vez da Copa Integração, uma espécie de segunda divisão, que assegurava ao campeão e vice campeão as duas participações no Campeonato Paraibano de Futebol da Primeira Divisão.

Desta data, acima citada, até os dias atuais, nada de concreto fora feito pela mentora do futebol paraibano que pudesse alavancar o processo de desenvolvimento do futebol amador aqui pelas bandas do esquecido alto sertão paraibano. Na verdade e, desculpe-me a franqueza já que ela faz parte da minha vida, somos lembrados apenas na hora de darmos o “voto” que elege o próximo “comando” do futebol estadual, neste caso falo da Liga. Uma visita de um presidente ou de uma presidenta, entendo-a como um “milagre” da nossa Padroeira Nossa Senhora da Piedade e, assim mesmo, chega lá no Perpetão na hora do jogo e nem bem o primeiro tempo termina, quando se vê, já tem pego a estrada de volta à capital. Chegou a hora de minhas sugestões e não quero citar aqui prioridades citando as mais urgentes: Não conheço o organograma estrutural da Federação Paraibana de Futebol, portanto, não sei se tem ou não, mas, é fundamental, em termos de organização, que possamos ter um Departamento do Futebol Amador do Sertão, assim como para as outras regiões do estado, esse seria um elo entre Ligas e clubes amadores com a direção central da Federação, contribuiria na organização e legalização das Ligas e dos clubes, criaria anualmente uma competição regional amadora e apoiaria os campeonatos municipais; Precisamos que a Federação Paraibana de Futebol possa anualmente realizar cursos para novos árbitros e aprimoramentos daqueles que já atuam; Encontros da FPF com imprensa e desportistas para que unidos possamos contribuir para o desenvolvimento do futebol como um todo em nosso estado, atualmente, todas as decisões são muito centralizadas entre a FPF e os dirigentes dos nossos clubes que, são totalmente despreparados, em sua maioria, quando o assunto é organização de competição. O espaço é pouco para tantas sugestões que ainda teríamos a fazer, mas, não tenho dúvidas, se nada do que colocamos for feito, para este apaixonado futebolista, bastará que você, minha nobre presidenta, faça com que o futebol paraibano afaste de vez o fantasma da “corrupção” dos jogos “já de resultados no bolso” dos times que “assombram” a quem comanda a Federação e o faz campeão em “assalto” a dignidade do pobre torcedor que, mesmo com a crise que assola o país, ousa em guardar o seu “dinheirinho” para pagar o seu ingresso e ver o seu time de coração em campo, sem saber que o “jogo já foi ganho” pelo adversário. Michelle, que Deus te ilumine com força e coragem para que ao final da sua gestão possamos dizer que, agora o futebol da Paraíba é digno.

Forte abraço


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Reudesman Lopes Ferreira

Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

Reudesman Lopes Ferreira

Reudesman Lopes Ferreira

Professor de Educação Física, Membro Efetivo Fundador da Academia de Artes e Letras de Cajazeiras, Escritor, Fundador do Museu do Futebol de Cajazeiras.

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