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Lidiane Abreu

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O triste fim de Veneziano Vital

18/01/2011 às 21h38

Uma trajetória política também é construída com ousadia e coragem. Atributos estes que parecem faltar ao prefeito de Campina Grande Veneziano. Popularmente conhecido como “Cabeludo”, o moço dos cachinhos não teve a coragem de bater chapa numa convenção para disputar a candidatura ao governo do Estado com o ex-governador José Maranhão. Resultado: derrota de ambos.

Veneziano tinha tudo para ser um candidato mais competitivo do que o anacrônico ex-governador José Maranhão. Venê é novo, tem boa retórica e uma disposição bem maior do que a de um senhor de 70 anos. Além disso, uma candidatura de Veneziano com o apoio de Maranhão teria mantido o poder da maquina estadual a favor do campinense. Unindo assim o útil ao agradável; o candidato competitivo ao poder financeiro.

Mas o leitor pode estar se questionando: Ora, mas Maranhão num ia ganhando? Óbvio que não! Maranhão deixou de perder por muito, e perdeu por pouco. Aliás, sem todo o poderio da máquina estadual, Maranhão teria perdido já no primeiro turno. Sem a máquina, Maranhão não teria cooptado tantos partidos e contratado milhares de cabos eleitorais. Perderia com folga no primeiro turno. E feio!

Voltando ao tema principal, mesmo que Veneziano se visse incapaz de bater chapa internamente com Maranhão, ele teria a oportunidade de trocar de partido. Garantindo de vez uma candidatura ao governo do Estado. Mas parece que Veneziano não pensa em crescer na política, e acha que chegou ao seu auge. Mesmo após a derrota de Maranhão, Veneziano continua defendendo o nome do ex-governador na imprensa, como se ele ainda fosse a única alternativa do partido.

O cabeludo não tem coragem de bater na mesa e dizer que o tempo de Maranhão já se acabou. E persistir nessa figura política é afundar ainda mais o PMDB da Paraíba. O tempo passou e Veneziano não conseguiu se firmar como um dos principais quadros políticos do Estado. E tudo culpa dele próprio.

Hoje veneziano é um político em decadência. Viu seu irmão Vitalzinho perder a eleição em Campina e sua mãe Dona Nilda Gondim ser menos votada que Romero Rodrigues para deputado federal. Não tem a mínima condição de fazer um sucessor em 2012 e deverá ficar um bom tempo sem disputar uma eleição com chances de vitória.

Quem não arrisca… não petisca!


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Lidiane Abreu

Lidiane Abreu

Estudante do curso de Licenciatura em História (UFCG) e redatora do portal Diário do Sertão.

Contato: [email protected]

Lidiane Abreu

Lidiane Abreu

Estudante do curso de Licenciatura em História (UFCG) e redatora do portal Diário do Sertão.

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