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Edivan Rodrigues

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O Pró-Residência e o Hospital Regional

01/11/2009 às 13h18

Por Francisco Cartaxo

O governo federal criou o Programa Nacional de Apoio à Formação de Médicos Especialistas em Áreas Estratégicas (Pró-Residência), através da Portaria Interministerial nº 1001, de 22 de outubro de 2009. Novo em folha, o Pró-Residência objetiva formar “especialistas na modalidade de residência médica em especialidades e regiões prioritárias, definidas em comum acordo com gestores do SUS”, como registra o Edital, publicado no DOU de 23 deste mês. Estima-se conceder 2.000 bolsas para o Brasil em 2010 e 2011.

A residência médica é modalidade de pós-graduação, instituída em 1981, para formar especialistas mediante treinamento em serviço, supervisionado por instituição de saúde sob orientação de profissionais médicos de elevada qualificação ética e profissional.

O Pró-Residência faz parte do esforço conjunto dos Ministérios da Educação e Saúde para desconcentrar o ensino e as ações de saúde, disseminando benefícios a parcelas menos assistidas da população. Também é instrumento que permitirá a presença permanente de médicos em áreas carentes, nas quais as forças do mercado por si só não oferecem atrativos fortes, capazes de suplantar as vantagens competitivas dos centros mais adiantados. O Programa não é específico para atender a essas situações, mas dá preferência, de modo explícito, às regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste.

Só enxergo um caminho para evitar desvios no percurso do atual modelo de gestão do HRC: a comunidade cajazeirense monitorar sua implementação. Sempre. Sem concessões. Sem dar trégua à desagregação. Parta de onde partir.

Quem pode habilitar-se ao Pró-Residência? Hospitais universitários federais, hospitais de ensino, secretarias estaduais e municipais de saúde. Para tanto, essas instituições devem formular projetos de expansão e aperfeiçoamento de programas existentes ou de novos programas. Daí a importância de haver harmonia entre as entidades de ensino e os hospitais que venham a integrar o Pró-Residência.

A propósito, a gestão tripartite implantada, este ano, no Hospital Regional de Cajazeiras adquire significado especial diante das perspectivas abertas pelo Pró-Residência, na medida em que facilita o esforço em curso para transformar o velho HRC em um núcleo relevante de prestação de serviços de saúde à região sertaneja sob sua jurisdição. Ademais, ajuda a consolidar o ensino superior no campo da saúde, seja no âmbito da UFCG, seja em parceria com a iniciativa privada, como, aliás, já ocorre com a Faculdade Santa Maria, em relacionamento respeitoso. E útil para todos.

Não sei se Cajazeiras vê com clareza essas coisas.

Parece que setores da comunidade ainda não perceberam a importância, para o desenvolvimento do Vale do Rio do Peixe, da implantação do curso de medicina em Cajazeiras e da necessidade de existir harmonia perfeita entre a UFCG, o governo estadual e a prefeitura. A esse respeito, a gestão tripartite do HRC não pode ser inovação formal. Apenas formal. Precisa ser levada a sério até as últimas conseqüências. Como toda inovação, ela envolve ruptura com práticas seculares de uso da máquina pública para fins subalternos. Eleitoreiros, quase sempre.

Edivan Rodrigues

Edivan Rodrigues

Juiz de Direito, Licenciado em Filosofia, Professor de Direito Eleitoral da FACISA, Secretário da Associação dos Magistrados da Paraíba – AMPB

Contato: [email protected]

Edivan Rodrigues

Edivan Rodrigues

Juiz de Direito, Licenciado em Filosofia, Professor de Direito Eleitoral da FACISA, Secretário da Associação dos Magistrados da Paraíba – AMPB

Contato: [email protected]

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