Meu pai neste dia 8 de maio faria 99 anos de idade
Meu pai, Arcanjo Albuquerque, nasceu no Sítio Coxos de Cima, no município de Cajazeiras, no dia 8 de maio de 1920. Órfão de pai, aos doze anos de idade começou a trabalhar como “cassaco” nas obras da construção da estrada entre o município de Aparecida e Pombal e ainda como catador de raiz na construção do Açude de Boqueirão de Piranhas, encravado no Distrito de Engenheiro Avidos.
Foi sempre um homem ligado a terra. Ainda criança trabalhou “alugado” para diversos proprietários rurais. Foi também rendeiro da Bacia do Açude de Boqueirão.
Em 1945 casou-se e a partir desta data, por imposição de sua esposa Mãezinha, passou a residir na sede do Distrito de Engenheiro Avidos e estabeleceu-se como comerciante, abrindo uma pequena bodega onde vendia de tudo, mas nunca deixou de arar a terra.
Em 1954, já fruto de seu trabalho comprou uma pequena propriedade, situada no Sítio Coxos, ainda hoje pertencente à família, que a tem como um relicário.
Em 1954, transferiu-se para a cidade de Cajazeiras, quando fundou o Armazém Rio Piranhas, onde trabalhou até o último dia de sua vida. Foi deste estabelecimento comercial que retirou o necessário para educar e formar seus nove filhos.
Tinha uma paixão enorme por uma pequena criação de gado e se orgulhava de possuir um bom plantel de vaca de leite, no Sítio Capoeiras, na periferia da cidade de Cajazeiras.
Foi exemplo de honradez e honestidade e procurou ao longo de sua vida honrar os seus compromissos e tinha uma facilidade imensa de fazer amigos, principalmente entre as pessoas mais humildes.
Gostava muito de política, mas sem se envolver com os atrativos e os perfumes do poder. Tinha grandes amigos nas “rodas do poder”, nas esferas da política municipal, estadual e federal, mas nunca foi tentado a pedir um único emprego para um filho ou um parente.
Faleceu no dia 12 de novembro de 2002 e o seu sepultamento foi realizado sob forte comoção dos inúmeros amigos e admiradores no Cemitério Coração de Maria, na cidade de Cajazeiras.
Continua sempre presente na vida de todos os seus filhos e de sua grande companheira e guerreira mulher Mãezinha Albuquerque com quem viveu 57 anos de casados, que veio a falecer em 24 de maio de 2015, aos noventa e dois anos de idade.
A família vem se organizando para no ano de 2020 celebrarmos o centenário de seu nascimento e deverá ser publicado um livro sobre sua vida, num encontro de todos os filhos, netos, bisnetos, sobrinhos e primos e poderá ainda construir um memorial aonde foi a sua bodega, cujo prédio ainda pertence à família, no Distrito de Engenheiro Avidos.
Arcanjo permanece na lembrança e no coração dos filhos, netos, bisnetos e dos grandes amigos. Paz e Luz para ele.
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