Luta pela criação da Universidade completa 3.562 dias
Quem é leitor do Gazeta vem acompanhando a contagem, publicada na capa, do início da luta para a criação da Universidade Federal do Sertão da Paraíba, após uma Sessão Especial da Câmara Municipal de Cajazeiras, idealizada pelo então vereador Severino Dantas (que está fazendo falta) e presidida pelo eminente presidente Marcos Barros, e contou com a presença do Reitor da Universidade Federal de Campina Grande, Thompson Mariz e dos diretores dos Campi de Pombal, Sousa e Cajazeiras. A sessão ocorreu no dia 03 de setembro de 2009 e duraram três horas e ouviram-se opiniões favoráveis e contrárias à criação desta nova Universidade.
O então deputado estadual e hoje prefeito de Cajazeiras, José Aldemir Meireles, os professores José Antonio de Albuquerque, Joaquim Cavalcante de Alencar e Francisco das Chagas Amaro da Silva defenderam veementemente e com fortes argumentos pela sua criação e os que foram contrários alegavam tão somente que não se deveria dividir a atual UFCG, para não enfraquecer, como se no passado não já tivesse ocorrido fato idêntico com o desmembramento da Universidade Federal da Paraíba e os resultados foram altamente positivos.
Durante todo este período, desde o dia três de setembro de 2009, vários encaminhamentos foram feitos e resultou num Projeto de Lei que deve está dormindo numa das gavetas da Câmara Federal, mas Cajazeiras precisa despertar para este fato e retomar a luta, só que estamos sem um representante, uma voz autenticamente cajazeirense para fazer o processo tramitar e mais importante ainda é fazer valer que a sede desta nova Universidade seja na cidade de Cajazeiras, já que existe um deputado federal defende outra cidade.
Porque a Reitoria deveria ser em Cajazeiras? Historicamente o Campus de Cajazeiras tem sua vida ligada ao Ensino Superior com a marca do pioneirismo, empreendida pela visão profética do Bispo Dom Zacarias Rolim de Moura, nos idos de 1969. Outro fator: é o maior Campus em número de alunos; o maior em quantidade de área territorial, já que tem 25 hectares, além da tradição educacional da cidade, sem esquecermos que já temos o Hospital Universitário Júlio Bandeira de Melo e vai ser construído mais um, cujos recursos na ordem de 18 milhões de reais, já se encontram na conta da UFCG, para seu início.
Nos dias atuais é que se faz necessário este desmembramento porque seriam ampliados os recursos, além das novas vagas de empregos que seriam criadas, e a autonomia que ganharíamos para tomarmos as nossas próprias decisões, a exemplo da criação de novos cursos, ampliação de vagas.
Estou voltando a este tema depois que tomei conhecimento que o Presidente da República, Jair Bolsonaro, criou a sua primeira Universidade.
O desmembramento da Universidade Federal Tocantins foi proposto há três anos pela ex-presidente Dilma Rousseff. Na ocasião, o Poder Executivo propôs a criação de cinco novas universidades federais, a partir de desmembramento de campi já existentes em Goiás, Mato Grosso, Piauí e no Tocantins. Todas as universidades já foram criadas, a única pendência era a do Tocantins.
A nova Lei teve origem no Projeto de Lei (PL) 5.274/2016. No Senado, a proposta recebeu o número PL 2.479/2019 e passou pelas comissões de Educação, Cultura e Esporte (CE), e de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Foi aprovada em Plenário no último dia 12 de junho.
Ao ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado (CCJ), o relator da proposta, senador Eduardo Gomes (MDB-TO), afirmou que o desmembramento da UFT traria inúmeros benefícios para o entorno, por meio da ampliação da oferta de ensino superior e da geração de conhecimentos científicos e tecnológicos necessários ao desenvolvimento regional.
A nova instituição facilitará o desenvolvimento dos 66 municípios que pertencem à região de Araguaína e Bico do Papagaio, onde vivem 1,7 milhão de habitantes, ressaltou o senador. Em 2016, o governo estimou que o custo mensal para a implantação da UFNT seria de R$ 893 mil, ao passo que o custo anual totalizaria R$ 11,9 milhões.
A UFNT já nasce com 29 cursos, em dois Campi e serão criados mais dois para atender o desenvolvimento de 66 municípios. Vejo este fato como um sinal positivo para retomada da luta para a criação da Universidade Federal do Sertão da Paraíba.
Cajazeiras já venceu muitas batalhas, jamais poderá perder esta, que é o símbolo maior da terra: a Educação. Lutar é preciso.
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