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Fernando Caldeira

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Em casa de ferreiro, espeto de pau

16/05/2014 às 13h44

Ouvi muito a frase título deste artigo na minha infância, lá na Mooca, em São Paulo. Quando alguém dizia uma coisa e fazia outra, lá vinha a ladainha: “em casa de ferreiro, espeto de pau.”

Pois bem, ao tomar conhecimento de que o prefeito de Sousa, André Gadelha (PMDB), posando de bom moço anunciava em entrevista coletiva o refinanciamento das dívidas dos consumidores com o Departamento de Água, Esgoto e Saneamento Ambiental (Daesa), não pude deixar de lembrar-me da infância: “em casa de ferreiro, espeto de pau.” Mas, por que, pergunta o nobre leitor? 

Simples: corretamente, o prefeito sousense estimula os consumidores d´água de sua cidade a ficarem em dia com seus débitos, a partir do parcelamento dos mesmos, aumentando desta forma a arrecadação fiscal do município. Até aí tudo certo! A questão é que o Daesa, diferente do que solicita de seus consumidores, não paga e nem quer saber de refinanciar seus débitos junto à Cagepa (Companhia de Água e Esgoto da Paraíba), fornecedora do produto por ele revendido.

Em outras palavras, a Cagepa trata e entrega a água tratada para que o Daesa a forneça aos consumidores. Estes pagam o que consomem ao Daesa, mas o Daesa não paga à Cagepa. Conclusão: o Daesa deve um dinheirão à companhia de água da Paraíba, e o prefeito não está nem aí para o problema. 

Fazendo sombra com o chapéu alheio,como se diz, Andrezão, como  tratam o executivo sousense, quer receber tudo que devem à Prefeitura, mas está se lixando para as dívidas que a edilidade tem com seus fornecedores. “Faça o que eu digo, mas não faça o que eu faço”, né mesmo excelência? 
É bom que se diga que a dívida vem de longe, desde a criação do Daesa à época da administração Salomão Gadelha, criadora daquele departamento e, há muito tempo atrás, já era de milhões de reais, agora acrescidos pelos calotes das administrações subsequentes de Fábio Tyrone (PSDB) e André Gadelha (PMDB).

Como a Cagepa é companhia do Governo do Estado, ela não corta o fornecimento do produto por determinação do Governador Ricardo Coutinho (PSB), porque estaria atingindo a população que nada tem com isso. E então ficamos na seguinte situação: a Cagepa gasta para coletar, tratar e entregar água potável ao Daesa, e deste leva calote há anos. Significa que a Paraíba paga uma conta que não é pequena e que não é sua. Pior: Sousa fez escola. Campina Grande também caloteia a Cagepa desde a primeira administração Veneziano!

S O L T A S 
*Cícero Lucena garantiu que nunca mais teve contato com o senador Cássio nem com o deputado Ruy Carneiro. É clima de vaca desconhecer bezerro dentro do PSDB/PB!

*“A traição é mancha que nunca envelhece.” (Augustin Díaz Yanes)

*As pesquisas pararam na Paraíba. Por que parou? Parou por que?

*Dilma veio, olhou e foi embora. E aí?

*Os questionamentos sobre a elegibilidade do senador Cássio são fáticos!

*Neste domingo (18), o Trem das Onze entrevista o Prefeito de Santa Helena, Emmanuel Messias. 


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Fernando Caldeira

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

Contato: [email protected]

Fernando Caldeira

Fernando Caldeira

Jornalista profissional em diversas emissoras de rádio e jornais da Paraíba, atualmente é articulista do Gazeta do Alto Piranhas (Cajazeiras), produtor e apresentador do programa Trem das Onze, apresentado aos domingos pela Rádio Alto Piranhas, colunista dos portais diariodosertão, politicapb, obeabadosertao, canalnoite, e mantém na internet o portal www.fernandocaldeira.com.br

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