Efemérides cajazeirenses
Este ano a cidade de Cajazeiras tem importantes datas na sua História que merecem registro: Os jornais Estado Novo, que completa 80 anos, o Correio do Sertão com 70 anos, além do Cristo Redentor que celebra 80 anos de sua inauguração e a Revista Mensagem, órgão da Associação Comercial que também faz 80 anos de sua única edição. Poderíamos até incluir o Jornal Gazeta do Alto Piranhas, que também este ano celebrou 20 anos.
Que magia seria esta de Cajazeiras com o número nove? Padre Rolim viveu 99 anos e morreu no nono mês de 1899, o primeiro cemitério foi inaugurado em 1849 e paróquia de Nossa Senhora da Piedade foi criada em 29 de agosto de 1859 e a posse do primeiro Bispo, Dom Moisés Coelho, foi no dia de São Pedro, 29 de junho, além da Faculdade de Filosofia que foi iniciada no ano de 1969 e a criação da Universidade Federal da Paraíba, Campus de Cajazeiras é de 1º de agosto de 1979.
O Estado Novo é considerado como o 7º jornal a circular em Cajazeiras, era semanário, de cunho exclusivamente político e tinha como linha editorial a defesa dos ideais do regime ditatorial estadonovista, chefiado pelo presidente Getúlio Vargas, o seu diretor era Dr. Celso Matos Rolim, o redator chefe era Dr. João Jurema e tinha ainda como redatores: Dr. Otacílio Jurema, Dr. Otacílio Dantas Cartaxo, Luiz Sobreira Cartaxo (Laíres) e João Mendonça Júnior. O secretário era Antonio Assis Cartaxo (Tota) e o gerente Antonio Carvalho.
Em agosto de 1949 apareceu o jornal Correio do Sertão, mensário de orientação da Diocese de Cajazeiras, tendo como diretor Monsenhor Abdon Pereira e redator-chefe Padre Américo Sérgio Maia, que funcionou durante quase toda a década de 1950-1960, encerrando-se, com o seu desaparecimento, o ciclo do jornalismo, que durante 40 anos, fez a imprensa escrita em Cajazeiras, elevando a tradição cultural desta cidade.
Foi durante o Primeiro Congresso Eucarístico Diocesano de Cajazeiras, que se realizou a inauguração e benção do Monumento do Cristo Redentor, situado no alto do serrote, ao leste da cidade. Foram cinco dias de comemorações. O jornal “Estado Novo”, na sua edição nº 3, de 18 de junho de 1939, noticiou que foi a maior festa que o povo de Cajazeiras já assistiu e que atraiu a presença de pessoas as mais notáveis de todos os setores de atividades.
O Congresso realizado entre os dias 11 e 15 de junho de 1939, foi idealizado e realizado por Dom João da Mata Andrade e Amaral. Esta atitude corajosa e dinâmica de Dom Mata repercutiu em todo o nordeste brasileiro.
A estátua do Cristo Redentor foi uma espontânea oferta do cajazeirense Silvino Bandeira de Melo, advogado, residente em Salvador, Bahia, pai do médico Júlio Maria Bandeira de Melo, inaugurado em 15 de junho de 1939, com as presenças do Arcebispo da Paraíba Dom Moisés Coelho, dos bispos Dom João Mata, Dom Mário Vilas Boas e Dom Jaime Câmara; do Interventor da Paraíba Argemiro de Figueiredo, representado pelo secretário do interior José Mariz, interventores Rafael Fernandes, do Rio Grande do Norte e Menezes Pimentel, do Ceará e do prefeito de Cajazeiras Celso Matos, além de outras autoridades civis e religiosas que participavam do Congresso Eucarístico.
Muito embora, conste oficialmente que a FAFIC tenha sido criada em 23 de abril de 1970, ela já teve seu diretor, Monsenhor Luiz Gualberto de Andrade, nomeado pelo Bispo Dom Zacarias Rolim de Moura, no ano de 1969 e neste mesmo ano foi dado inicio a reforma do prédio da Ação Católica, na Avenida Padre Rolim, onde funcionou até o ano de 1979, quando houve a transferência de todo o acervo para a Universidade Federal da Paraíba, quando era Reitor Linaldo Cavalcanti de Albuquerque.
Quais os fatos que poderão acontecer até o final deste ano, que tenham significado e simbologia que possam no futuro ser incluídos no calendário das grandes efemérides de nossa cidade?
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