Dificuldades financeiras de Cajazeiras têm solução?
Com sua grande e profunda sabedoria meu pai sempre nos dava lições de vida e costumava dizer que devíamos nos “arremediar”, diante das dificuldades financeiras, com o que possuíamos.
Há exatos cinco anos, mais precisamente no dia 07 de fevereiro de 2014, escrevi neste canto de página sobre as dificuldades financeiras da prefeita de então, Dra. Denise Albuquerque:
A prefeita de Cajazeiras esteve neste primeiro ano de sua administração sendo apenas quase que uma gerente da execução da folha de pagamento e em alguns meses teve dificuldades de fechá-las, tal a precariedade dos recursos aportados nos cofres da prefeitura e dos inúmeros encargos, que obrigatoriamente tem que cumprir, inclusive alguns deles, determinados pela justiça.
Diante deste quadro, pouco, mas muito pouco mesmo têm sido as sobras de recursos para que ela pudesse executar algumas obras e serviços com recursos próprios e se não fora os convênios com o governo federal e o estado a cidade não teria ganhado algumas obras.
Ontem, um dos grandiosos calos da gestão de Denise e o foi também dos gestores passados é a astronômica dívida com o IPAM, e esta tem sido a mesma dificuldade do prefeito Zé Aldemir, que teve que parcelar a dívida de seu governo, que gira em torno de cento e cinqüenta mil reais, mais as obrigações sociais referentes à folha mensal dos funcionários, além da relativa à parte patronal.
Esta luta permanente de Zé Aldemir em querer honrar este compromisso financeiro com o IPAM tem também um grande objetivo que é o de evitar que o nome da prefeitura não entre na relação dos municípios inadimplentes (CAUC e CADIN) e fique bloqueada de celebrar convênios com a União, o que aumentaria ainda mais as dificuldades do município para construir obras tão necessárias para o seu desenvolvimento, principalmente para obras estruturantes.
Por que não sobra dinheiro? Mas como vislumbrar uma saída para esta crise financeira? Ora é só seguir a orientação do meu saudoso pai: “tá faltando dinheiro no caixa, venda o que tem”. Quantos imóveis possuem a prefeitura municipal de Cajazeiras e alguns deles perfeitamente descartáveis e com grande valor comercial, cuja venda daria uma grande folga no caixa?
Ora, claro, toda esta discussão teria que passar pela Câmara Municipal e o resultado do “apurado” teria um fim especifico, que seria, por exemplo, para pagar as parcelas do débito com o IPAM, que acredito ser o maior e mais grave problema financeiro do município de Cajazeiras.
O prefeito vem repassando mensalmente o valor devido dos atrasos da sua gestão, devidamente aprovado pela Câmara no valor de 150 mil reais, mais 500 mil reais para pagar a folha dos aposentados e pensionistas e mais 500 mil reais relativos a parte patronal e do que é descontado na folha dos funcionários. Com este valor de R$1.150.000,00 todo mês só para o Instituto de Previdência, coloca o prefeito quase num beco sem saída.
Nós estamos falando somente dos débitos da gestão de Zé Aldemir, mas tem outra que se refere ao passado que atinge a cifra de 80 milhões de reais, que o mesmo encaminhou para outros tribunais e está aguardando a resposta. Esta sim é uma dívida impagável.
Zé Aldemir tem que se pegar com todos os santos do céu para que o Tribunal de Justiça continue com o processo da dívida dos 80 milhões no fundo de uma das gavetas enferrujadas do birô do relator e que ele tenha perdido a chave.
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