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José Antonio

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Desconstrução na educação?

11/01/2019 às 08h13

Uma das bandeiras do prefeito de Cajazeiras, médico José Aldemir Meireles, seria a de colocar a nossa cidade num patamar elevado entre os municípios da Região do Alto Piranhas e fazer valer a grandeza do município no setor educacional, já que o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), em Cajazeiras, apresentou um crescimento nos anos iniciais de 4,0 em 2015 para 4,6 em 2017 e nos anos finais de 3,5 para 4,0. Houve avanços, mas com pouca expressividade. Mas um fato tem me chamado a atenção: nestes dois primeiros anos de seu governo, tomou posse neste último dia nove, a terceira secretaria de educação do município. Por mais que queiramos e que na estrutura organizacional da secretaria exista todo um plano educacional para os quatro anos, toda mudança, principalmente na cabeça do organograma, sempre vai existir novas idéias, outros rumos, outras ações e princípios pedagógicos diferentes, daí pode acontecer uma
descontinuidade. O índice Firjan de desenvolvimento na Educação começou a despencar em Cajazeiras, em 2009, na gestão Léo Abreu/Carlos Rafael. Em 2008, quando o ex-prefeito Carlos

Antonio deixou a gestão, Cajazeiras estava na 52a posição no índice Firjan de desenvolvimento no setor educacional no Estado da Paraíba. Em 2009 esse índice começou a cair, passando para 72o lugar; em 2010, Cajazeiras melhorou um pouco e figurou na 67a colocação; em 2011, voltou a cair ficando na 90a colocação e em 2012, continuou caindo, aparecendo na 108a posição. Em 2013, a queda continuou e Cajazeiras apareceu na 116a colocação, no momento em que o município passava por uma reestruturação no primeiro ano da administração da prefeita, Denise Albuquerque. Segundo alguns analistas, isso certamente se deveu ao desmonte que aconteceu entre 2009 e 2012, nas gestões de Léo Abreu/Carlos Rafael, que alguns chamam de “era perdida” onde a educação passou por vários problemas, que terminaram acarretando em prejuízos, como greves, paralisações, em função do não pagamento do piso salarial dos professores, retirada de gratificações; falta de investimentos; obras iniciadas e não concluídas.

No final da gestão de Carlos Rafael, em 2012, escolas estavam fechadas, faltando professores, merendeiras, auxiliares de serviços e alunos ficaram, por incrível que pareça, sem concluir o ano letivo. Tudo isso desestimulou os alunos e provocou uma grande fuga para escolas particulares e do Estado. Não tenho conhecimento se já existem avaliações referentes aos dois primeiros anos, de outros institutos, que mostrem os números e índices obtidos, principalmente pelos alunos das quatro primeiras séries do ensino fundamental e se houve uma melhoria, estagnou ou decresceram os percentuais. No meio desta turbulência das mudanças de comando, tem outro item bastante preocupante: é a questão salarial dos professores, que reivindicam que os seus planos de carreira e salários sejam amplamente cumpridos. Com relação a este fato tem sido divulgado que os docentes do município são contemplados com os melhores do estado. O fato dos professores do município ter os melhores salários é enobrecedor para todos nós e isto referenda o valor que os mesmos têm no conjunto da sociedade cajazeirense. Podemos afirmar que isto orgulha a todos nós. Um bom salário é indiscutivelmente um incentivo para os docentes se empenharem cada vez mais para que os índices avaliativos de aprendizagem, que deverão aparecer no futuro, sejam altamente positivos e que possam colocar Cajazeiras num patamar de destaque no cenário educacional da Paraíba e do Brasil. Infelizmente o diálogo entre o sindicato e a gestão municipal foi cessado e a questão foi parar na justiça e descambou para as hostes da Polícia Federal, fato que considero inusitado e não consegui entender por que foi para esta instância policial. Torço para que estas questões não venham influenciar no rendimento escolar, no êxito das futuras avaliações do alunado e no sucesso da nova secretária de educação


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Antonio

José Antonio

Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

Contato: [email protected]

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Professor Universitário, Diretor Presidente do Sistema Alto Piranhas de Comunicação e Presidente da Associação Comercial de Cajazeiras.

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